Ensaio – SWM Hoku 125 – ao nível das melhores

6 meses atrás 80

Criada em Milão em 1971, a SWM tem-se destacado por ser uma marca inovadora e de qualidade e, seguindo esse ideal, a Hoku 125 é mais um modelo fabricado totalmente na Itália, fugindo da tendência de importar motos para a Europa.

O nome deste modelo, Hoku, significa estrela em Havaiano e por isso tentámos perceber durante este ensaio se o nome escolhido pela marca está de acordo com o que esta moto tem para nos oferecer.


A nível estético a Hoku tem uma aparência familiar, e de certos ângulos relembra-nos as linhas mais agressivas da Duke 125. Na parte dianteira encontramos um farol full LED com linhas bastante futuristas e os “piscas”, que também são LED, contam com um detalhe excelente: preenchem-se progressivamente como encontramos em alguns modelos de automóveis de gamas mais elevadas.Destaque para os plásticos junto ao depósito com umas linhas muito agressivas, enquanto no assento salta à vista o pormenor das costuras que o percorrem. Este é bipartido e a parte que pertence ao condutor é confortável, sendo fácil imaginar fazer uma viagem mais longa aos comandos deste modelo. No entanto, o assento do passageiro é ligeiramente pequeno e mais duro, servindo para viagens curtas e de média distância. Na retaguarda, podemos ver um escape comprido e subido, que combina bastante bem com a estética do modelo. De uma forma geral encontramos uma estética bastante agressiva e bem conseguida, e que sobretudo nesta cor laranja dá bastante nas vistas!

MOTOR

O motor é um monocilíndrico de 125 cc que nos oferece 15 cv de potência às 9.500 rpm, o que é excelente visto ser a potência máxima permitida para a carta A1. Nos regimes iniciais é calmo, mostrando a sua força a partir das 5.000 rpm. Não sentimos muitas vibrações vindas do motor nos quilómetros que fizemos com este modelo, exceto nas rotações mais extremas, embora seja inevitável nestes motores com apenas um cilindro. Nota bastante positiva para o conjunto que engloba motor e sistema de escape, pois juntos fazem um som bastante atrativo, sobretudo quando puxamos mais pelo monocilíndrico. Em termos de consumos, estes rondam os 2,7 litros por cada 100 km percorridos, o que com o depósito de 13 litros de capacidade permite percorrer muitas estradas sem a necessidade de voltar a abastecer.

TECNOLOGIA

A nível de tecnologia destaca-se o enorme ecrã TFT de 7 polegadas (que parece um autêntico tablet), onde é muito fácil vermos todas as informações que precisamos. Apresenta dois modos de visualização e permite conectar o smartphone para, por exemplo, usarmos o sistema de navegação que funciona bastante bem e para viagens longas pode ser bastante útil. Também encontramos uma tomada USB juntos dos comandos do lado esquerdo e a monitorização da pressão dos pneus, o que numa 125, principalmente não sendo topo de gama, é excelente. Um aspeto negativo é que não temos indicação da mudança que temos engrenada (temos apenas a indicação do neutral), e isto pode ser problemático sobretudo para quem escolher este modelo como primeira moto.

O MELHOR Estética, tecnologia, motor

A MELHORAR Travagem, suspensões algo duras, ausência de indicador de mudança engrenada

CONDUÇÃO

Na ciclística contamos com suspensão invertida dianteira com 41 mm de diâmetro e na traseira temos um monoamortecedor ajustável. A suspensão tende a ser dura , algo positivo quando estamos a fazer uma condução mais dedicada, mas em piso degradado mostra-se um pouco desconfortável.

Em relação à travagem, na dianteira encontramos um disco de 300 mm, com uma pinça convencional, e na traseira um disco de 220 mm. Neste capítulo esta SWM está uns furos abaixo do que gostaríamos, sendo necessário fazer muita força com a nossa mão direita para travagens mais repentinas. Temos jantes de 17”, pneus 110/70 na dianteira e 140/70 na traseira, e na verdade preferíamos ter um pneu mais largo na retaguarda, mas mais por uma questão de estética, pois este modelo parece ser de cilindrada superior e por isso merecia algo mais “vistoso” atrás.

Como o assento encontra-se a 790 mm do solo a Hoku encaixa bem em várias estaturas, e com um peso de apenas 136 Kg é uma moto muito ágil e fácil de manobrar em baixas velocidades. Em condução, a nossa posição é inclinada para a frente, mostrando o seu carácter mais desportivo e que nos ajuda a devorar as curvas numa estrada mais sinuosa. Apesar desta veia desportiva, é uma moto bastante intuitiva e que é bastante fácil para quem está a começar no mundo das duas rodas. Sem despesas de legalização, o preço da SWM HOKU 125 começa nos 3.990 €. Este valor faz com que este modelo Italiano seja uma solução interessante para quem pretender uma moto de qualidade e com boas prestações, sem despender valores extremamente elevados para uma 125.


Com este nível de equipamento e qualidade, podemos afirmar que faz jus ao seu nome!

Caption text

SWM HOKU 125

MOTOR monocilíndrico a 4T, refrigeração líquida

CILINDRADA 124,7 cc

POTÊNCIA 15 cv (11 kw) @n.d.

BINÁRIO n.d.

CAIXA 6 velocidades

QUADRO tubular em aço

DEPÓSITO 13 litros

SUSPENSÃO DIANTEIRA suspensão invertida 41 mm, curso n.d.

SUSPENSÃO TRASEIRA monoamortecedor ajustável

TRAVÃO DIANTEIRO disco 300 mm, pinça convencional n.d., ABS

TRAVÃO TRASEIRO disco de 220 mm, pinça de 1 êmbolo, ABS

PNEU DIANTEIRO 110/70-17

PNEU TRASEIRO 140/70-17

DISTÂNCIA ENTRE EIXOS n.d.

ALTURA DO ASSENTO 790 mm

PESO 136 kg

P.V.P. (desde) 3.990 €

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