"Equilibrado e justo". Forças Armadas satisfeitas com aumento no suplemento aos militares

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29 jul, 2024 - 13:26 • Olímpia Mairos

O Governo anunciou na semana passada uma subida de 300 euros do suplemento da condição militar.

O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Nunes da Fonseca, considera positivo e justo o aumento de 300 euros do suplemento da condição militar.

“Estes aumentos são justos e são equilibrados. E chegaram. Não ficaremos por aqui, pensamos. Haverá outras oportunidades para melhorar a situação em que os nossos militares se encontram. Mas, para já, foi um passo dado”, disse.

Questionado sobre se é uma forma de atrair mais militares para as Forças Armadas e diminuir as saídas, o general Nunes da Fonseca lembra que “os chefes, ao longo destes anos, têm estado muito interessados e muito ativos na promoção da atratividade e retenção, sobretudo na retenção”.

“Não basta atrair, se não conseguirmos reter. Os militares têm que permanecer na instituição e têm que estar minimamente satisfeitos com a correspondência ao serviço que lhes é pedido”, assinala.

Há conversações com o Governo sobre outras medidas que valorizem a profissão

Nestas declarações, à margem da Largada da fragata “D. Francisco de Almeida” em direção ao Atlântico Norte, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas adianta estar em conversações com o Governo sobre outras medidas que valorizem a profissão.

“Há outras componentes que estamos em diálogo perfeito com o senhor ministro da Defesa Nacional que, em devido tempo, estamos confiantes, poderão ser englobadas em próximas ações”, adianta, acrescentando que “há questões associadas a equipamentos, questões associadas a infraestruturas”.

“Isso também corresponde a investimento nas Forças Armadas e também corresponde à satisfação de anseios e de objetividade, procura de melhores condições de trabalho, de conforto e de bem-estar no dia-a-dia de todos os nossos militares”, sublinha.

Já sobre as queixas dos polícias, que, por causa do aumento dos militares, pedem novas negociações para conseguirem mais aumentos, o general Nunes da Fonseca disse não querer fazer comentários a esse respeito, lamentando, no entanto, que, infelizmente, “o mundo está cheio de ultracrepidários”.

Aumento muito importante e justo, diz Gouveia e Melo

Também o chefe do Estado Maior da Armada reafirma o que já tinha dito à Renascença: satisfação com o aumento salarial das Forças Armadas.

O almirante Gouveia e Melo considera que o aumento “é importante e é justo”, lembrando que era pedido há muito tempo”, esclarecendo que a Marinha “estava a perder quadros, porque não conseguia compensar suficientemente esses quadros e motivá-los para estarem dentro das Forças Armadas e dentro da Marinha”.

“Estes aumentos são, no mínimo, justos”, insiste, explicado que, face ao que é pedido aos militares, “a sua dedicação total e o esforço que é exigido em momentos de elevada tensão e de elevada complexidade, é justo que seja reconhecido pela sociedade portuguesa o seu papel. E uma das formas de reconhecer esse papel é através dos ordenados e dos subsídios que são necessários para garantir que as pessoas estejam nas Forças Armadas”.

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