Erdogan apela à "unidade" dos palestinianos contra Israel após encontro com líder do Hamas

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“É vital que os palestinos atuem em unidade neste processo”, disse Erdogan. “A resposta mais forte a Israel e o caminho para a vitória é através da unidade e da integridade”, acrescentou.

O presidente turco salientou que a recente escalada das tensões entre Israel e o Irão “não deve fazer com que Israel ganhe terreno” e pediu que se “mantenha o foco em Gaza”.

No encontro deste sábado, o presidente turco e o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, também discutiram esforços para um cessar-fogo e para a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Segundo o comunicado de imprensa da presidência turca, divulgado pelas várias agências, Erdogan garantiu que a Turquia “continuaria a sua ajuda humanitária à Palestina, a fim de aliviar tanto quanto possível o sofrimento” da população de Gaza.

Desde o início da guerra entre Telavive e o Hamas, há mais de seis meses, a Turquia tem sido um dos principais países a enviar ajuda à população do território palestiniano. Ancara já enviou 45 mil toneladas de alimentos e medicamentos para a região.

Erdogan também salientou que o seu país impôs “uma série de sanções contra Israel, incluindo restrições comerciais”, estas últimas desde 9 de abril.

O presidente turco avisou que "um dia Israel pagará o preço pela opressão que inflige aos palestinianos" e lembrou que o seu país, que não reconhece o Hamas como uma organização terrorista, "continuará a denunciar os massacres (de Israel) em Gaza em todos os fóruns".

Da mesma forma, assegurou que a Turquia está a fazer "todos os esforços para estabelecer o Estado independente da Palestina
, fundamental para trazer a paz permanente à região", dois dias após os Estados Unidos terem vetado no Conselho de Segurança um pedido de integração plena nas Nações Unidas.

O encontro de mais de duas horas entre Erdogan e o líder palestiniano acontece logo após um alegado ataque israelita ao Irão, numa aparente retaliação pela ofensiva há uma semana de Teerão, que lançou mais de 300 drones e mísseis contra solo israelita, maioritariamente intercetados.

Esta ação militar foi, por sua vez, uma resposta ao bombardeamento de instalações consulares de Teerão em Damasco em 01 de abril, que matou várias pessoas, incluindo dois oficiais superiores da Guarda Revolucionária iraniana.

Erdogan acusa o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de ser “o principal responsável” pelo ataque do Irão.

c/agências

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