Espanha quer acabar com os veículos de grande porte nas cidades e está a elaborar uma lei que deve entrar em vigor na segunda metade do ano.
© Thom V. Esveld / Razão Automóvel
Tal como já se verifica em França ou no Canadá, onde foram implementadas algumas medidas para diminuir a circulação de automóveis mais “volumosos e poluentes” nas cidades, também Espanha está a declarar «guerra» aos veículos de grande porte, escreve o “El Economista“.
Através da Lei da Mobilidade Sustentável que Espanha está a preparar, o executivo liderado por Pedro Sanchéz quer diminuir a circulação de automóveis de grandes dimensões no espaço público.
Para isso, esta nova lei vai incentivar os municípios a tomarem medidas para que os cidadãos utilizem o menos possível os automóveis de grande porte e, assim, possam reduzir as emissões e a ocupação de espaço:
As administrações públicas assegurarão que incentivam e promovem os meios e modos de mobilidade mais sustentáveis nas áreas urbanas e ambientes metropolitanos (…) e que diminuem a ocupação do espaço público.
Artigo 1.º, Lei da Mobilidade SustentávelO Governo espanhol estabeleceu ainda uma hierarquia e pede que a prioridade dentro das cidades seja a mobilidade a pé, seguida da utilização dos transportes públicos e dos veículos que transportam várias pessoas. A última opção é a utilização de transportes privados, sendo que aqui, também é dada prioridade aos que têm baixas emissões e menor tamanho.
© BMW BMW XM Label RedAlém dos municípios, esta lei — que deverá ser implementada no segundo semestre deste ano — também vai ser alargada a empresas. Ou seja, as empresas com mais de 500 trabalhadores, as entidades públicas e os grandes centros de atividade (espaços onde existem várias empresas/trabalhadores), vão ter que ter um plano de mobilidade sustentável para os seus funcionários.
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Estes planos deverão incluir soluções de mobilidade sustentável seguindo a mesma hierarquia do que a que foi definida para as cidades: mobilidade a pé, uso dos transportes públicos, utilização de veículos partilhados e, no último caso, o recurso ao veículo pessoal.
De acordo com a publicação “El Economista“, o incumprimento desta obrigação pode equivaler a uma multa de até 2000 euros.
Fonte: El Economista