"Espiral de violência". Brasil condena ataque israelita em Beitute

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Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro afirmou considerar que "a continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países".

Desse modo, o Governo brasileiro exortou as autoridades israelitas e o Hezbollah "a se absterem de ações que possam vir a expandir o conflito, com consequências imprevisíveis para a estabilidade do Oriente Médio e a segurança internacional".

O país sul-americano também apelou à comunidade internacional para que se valha de todos os instrumentos diplomáticos à disposição para conter imediatamente o agravamento do conflito nessa zona do Médio Oriente.

Na noite de terça-feira, Israel reivindicou a morte, num ataque que realizou em Beirute, de Fouad Chokr, o "líder militar de mais alta patente" do Hezbollah e conselheiro próximo do líder do grupo xiita libanês, Hasan Nasrallah.

"Numa operação de assassínio seletivo, caças atacaram Beirute, matando Fouad Chokr 'Sayyid Muhsan', o comandante militar de mais alta patente da organização terrorista Hezbollah e responsável pela formação estratégica da organização", confirmou o Exército israelita, em comunicado.

As autoridades israelitas responsabilizam Fouad Chokr pela morte de doze crianças, no sábado, num ataque com 'rockets', atribuído ao Hezbollah, na cidade drusa de Majdal Shams, nos Montes Golas ocupados por Israel, bem como pelo "assassínio de muitos cidadãos israelitas e estrangeiros ao longo dos anos".

O Ministério da Saúde libanês anunciou que três civis, uma mulher e duas crianças, foram mortos no ataque israelita nos subúrbios a sul de Beirute.

A guerra devastadora na Faixa de Gaza, que eclodiu após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas a Israel em 07 de outubro, levou à violência diária na fronteira israelo-libanesa.

Mais de oito meses de violência entre o Hezbollah e o Exército israelita nas zonas fronteiriças causaram pelo menos 479 mortos no Líbano, na maioria combatentes do Hezbollah, segundo uma contagem da agência de notícias France-Presse.

Do lado israelita, pelo menos 15 soldados e 11 civis foram mortos, de acordo com dados de Telavive.

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