Este coração é feito de titânio, usa um sistema maglev e já ‘bate’ no corpo de um paciente

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O futuro dos transplantes de coração pode vir a ser melhorado com a utilização de tecnologia proveniente de outros setores. A empresa californiana BiVACOR anunciou ter conseguido criar um coração mecânico completamente funcional com recurso à tecnologia maglev, de levitação magnética, habitualmente usada no transporte ferroviário de alta velocidade.

O implante foi concretizado no âmbito de um estudo do regulador da saúde americano FDA (Food and Drug Administration) no Texas Heart Institute. A equipa descreve que o coração é “uma bomba de sangue biventricular com rotação, construída em titânio, e com uma parte única que se move e que usa um rotor que levita magneticamente, que bombeia o sangue e pode substituir os dois ventrículos de um coração em falha”.

A vantagem da abordagem pela levitação magnética passa por permitir a funcionalidade de circulação do sangue sem fricção e sem desgastar a parte mecânica. Apesar de este não ser o primeiro coração artificial a ser usado num paciente, é o primeiro a fazê-lo com esta nova tecnologia, lembra o New Atlas. Outra vantagem passa pela menor fricção e pela não existência de válvulas, o que deverá fazer aumentar o tempo de vida útil em comparação com outros corações artificiais.

Este coração tem um pequeno controlador externo recarregável que assegura o funcionamento e o bombeamento de 12 litros de sangue por minuto, volume suficiente, em teoria, para sustentar um adulto em plena atividade física.

Este coração artificial está desenhado para manter um paciente vivo enquanto aguarda por um transplante de um coração, o que sempre foi o objetivo desta equipa. “Ao usar tecnologia maglev avançada, o nosso TAH (de total artificial heart, coração totalmente artificial em tradução livre) aproxima-nos de fornecer uma opção de último recurso para as pessoas em falência cardíaca e que precisam de suporte enquanto aguardam por um transplante de coração”, descreve a equipa.

O próximo passo envolve realizar mais dois implantes em dois pacientes e monitorizar de perto a resposta.

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