Estrangeiro terá espiado em zona de cooperação entre Macau e Guangdong

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O suspeito, que aparece, em imagens transmitidas pelo canal, de costas a a ser interrogado, aparenta ser homem. No entanto, a nacionalidade não foi revelada.

A denunciante é uma funcionária pública de Macau, de apelido Lei, que trabalha na Zona de Cooperação Aprofundada Guangdong-Macau em Hengqin. A mulher, referiu a CCTV, conheceu o suspeito, que trabalha para um departamento governamental de um país estrangeiro, numa receção no trabalho.

"O suspeito convida-a [à denunciante] para jantares e reuniões privadas, para participar em atividades culturais organizadas por embaixadas dos países [estrangeiros] na China e até se oferece para patrocinar para que esta estude no estrangeiro", declarou uma funcionária da agência para a segurança nacional chinesa à CCTV, que não foi identificada pela estação.

"Ao mesmo tempo, esta pessoa também lhe perguntava ativamente sobre a investigação e implementação da política de Hengqin e da Zona de Cooperação, e pedia-lhe frequentemente informações internas sob o pretexto de realizar inquéritos e investigações", acrescentou a responsável.

Ainda segundo avançou a televisão estatal, as autoridades de segurança nacional descobriram que o homem costumava cruzar a fronteira com regularidade na zona de cooperação, "para entrar frequentemente no país, para realizar atividades de espionagem" e "aliciar os residentes de Macau em Hengqin através de uma rede, para tirarem fotografias ilegais, representando um perigo real para a segurança nacional".

A Zona de Cooperação Aprofundada entre Guangdong e Macau em Hengqin é um projeto lançado por Pequim em 2021, gerido pela província de Guangdong e Macau, com uma área de cerca de 106 quilómetros quadrados e uma população de mais de 53 mil habitantes.

De acordo com a CCTV, trata-se de "uma zona portuária de importância nacional e um relevante centro de entrada para a área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, onde alguns espiões estrangeiros e agências de serviços secretos têm tentado estender as atividades de espionagem e roubo para o continente através da Zona".

Macau aprovou em 2023 a revisão da lei de segurança nacional, com o Governo da região administrativa especial a declarar, no ano anterior, que a segurança do Estado e o combate contra "forças hostis" e "indivíduos anti-China" são prioridades do executivo.

O Gabinete de Ligação do Governo Central chinês em Macau alertou, em abril de 2022, que a cidade "continua a enfrentar muitos desafios na defesa da segurança do Estado", ao mesmo tempo que "continuam a existir interferências e infiltrações de forças externas".

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