Estudo explora principais riscos relacionados com pessoas para organizações europeias em 2024

3 meses atrás 74

O Estudo People Risk 2024 destaca que as organizações europeias enfrentam riscos significativos relacionados com liderança ineficaz, escassez de mão de obra, aumento dos custos com saúde, disparidades de remuneração e ameaças cibernéticas.

O Estudo People Risk 2024, elaborado pela consultora Mercer Marsh Benefits, analisa os principais riscos relacionados com pessoas que as organizações enfrentam, com a participação de 2.283 profissionais de recursos humanos e 2.292 profissionais de Risco de 26 mercados em oito regiões, entre outubro e novembro de 2023. Foram avaliados 25 riscos em termos de impacto e probabilidade de ocorrer nos próximos um a dois anos, utilizando a Classificação do Nível de Risco (RRS).

Foram identificados variados riscos principais. Por exemplo, a liderança Ineficaz, que constitui uma grande preocupação para as organizações europeias, afetando a tomada de decisões, comunicação e planeamento de sucessão, levando a culturas tóxicas e problemas de reputação. Por outro lado, também temos a mão de obra, que é um dos riscos mais graves, afetando a produtividade e a capacidade de atração e retenção de talentos. O aumento dos custos com saúde e benefícios é uma preocupação significativa, necessitando de estratégias para controlar esses custos sem sacrificar a qualidade.

As disparidades entre remunerações dos executivos e colaboradores são exacerbadas pela crise do custo de vida e questões de transparência salarial. A saúde mental é um risco grave, mas subestimado em termos de probabilidade, devido ao estigma associado na Europa. A falta de competências tecnológicas e a necessidade de proteger contra ameaças cibernéticas são preocupações de médio e longo prazo.
Assim, investir nas necessidades básicas dos colaboradores e construir resiliência para enfrentar a escassez de mão de obra e o burnout é uma das soluções, tal como a preparação para o aumento dos custos com benefícios e alterações legislativas, reforçando controlos e processos de tomada de decisão. Reduzir disparidades de remuneração e reconhecer os riscos ambientais como riscos para a saúde dos colaboradores é outro dos pontos-chave, assim como melhorar o apoio à saúde física e mental dos colaboradores, adaptando os benefícios às necessidades reais. Desenvolver competências tecnológicas e uma cultura de cibersegurança para enfrentar ameaças cibernéticas e aproveitar as oportunidades de inovação, como a inteligência artificial (IA) também é algo que deve ser feito.

Em termos estatísticos, segundo este estudo, 56% dos inquiridos acreditam que a escassez de mão de obra terá um impacto catastrófico ou elevado e 55% encaram os custos com saúde e benefícios da mesma forma. 52% pensam que as disparidades de remuneração terão o mesmo impacto e 40% estão preocupados com o aumento do risco de ciberataques.

Deste modo, são mencionados alguns imperativos: o combate à fadiga e a melhoria do desempenho investindo nas necessidades básicas dos colaboradores; a criação de uma cultura positiva que suporte a gestão de riscos e a saúde organizacional; a implementação de mudanças na gestão dos benefícios focando na prevenção; a redução de lacunas de saúde, assim como riqueza e carreira para maior prosperidade dos colaboradores; o entendimento dos riscos e vantagens da IA e o desenvolvimento de estratégias de gestão que atribuam prioridade ao digital.

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