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O antigo candidato democrata à presidência dos Estados Unidos Bernie Sanders considerou, esta segunda-feira, que estão "praticamente sozinhos no mundo" na defesa do "governo de extrema-direita" de Israel.
Governo este que "está a avançar com guerra total e destruição contra o povo palestiniano", escreveu Sanders no X (antigo Twitter).
Nessa mesma mensagem, o senador democrata disse que este é um "falhanço de décadas". "Temos de reorientar profundamente a política externa dos Estados Unidos", concluiu.
Sanders partilhou, na mesma mensagem, um artigo da sua autoria no jornal Foreign Affairs, onde diz que a guerra em Gaza "resultou na morte de dezenas de milhares - incluindo milhares de crianças - e a fome de outras centenas de milhares".
The U.S., virtually alone in the world, is defending Israel’s right-wing government, which is waging total war and destruction against the Palestinian people.
This is a failure decades in the making. We need to fundamentally reorient U.S. foreign policy. https://t.co/6dunT9y42Z
O conflito em curso entre Israel e o Hamas, que desde 2007 governa na Faixa de Gaza, foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 07 de outubro.
Nesse dia, 1.139 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que mais de 120 permanecem na Faixa de Gaza.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas pelo menos 31.700 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 70 mil, também maioritariamente civis.
As agências da ONU indicam ainda que pelo menos 160 funcionários foram mortos em Gaza desde 07 de outubro.
A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes devido ao colapso dos hospitais, ao surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.
Desde 07 de outubro, pelo menos 418 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém Leste, territórios ocupados pelo Estado judaico, para além de se terem registado perto de 7.000 detenções e mais de 3.000 feridos.
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