EUA falam em preocupação com ataques em Gaza, Reino Unido apela ao cessar-fogo, e nem assim Netanyahu recua (286º. dia de guerra)

2 meses atrás 84

Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano e a mais alta figura da diplomacia dos Estados Unidos, aproveitou uma reunião com dois altos funcionários israelitas para manifestar preocupação relativamente aos recentes ataques das forças de Israel na Faixa de Gaza. Foi o que revelou um porta-voz da Casa Branca, depois de Blinken ter realizado uma reunião com o ministro dos Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, e com o conselheiro de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, alegadamente “para expressar séria preocupação com as recentes vítimas civis em Gaza”.

No sábado, ataques israelitas levaram à morte de mais de 90 pessoas em Khan Younis, segundo os números apresentados pelo Ministério da Saúde de Gaza, que é gerido pelo Hamas. Israel disse ter como alvo o comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, um dos homens mais procurados de Israel há décadas, e Rafa Salama, comandante do grupo em Khan Younis, considerado por Israel um dos mentores do ataque de 7 de outubro.

David Lammy, ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, apelou a um cessar-fogo imediato em Gaza, durante a sua primeira visita oficial a Israel e aos territórios palestinianos. Lammy reuniu-se com autoridades do país, incluindo o Presidente israelita, Isaac Herzog.

O ministro do novo Governo trabalhista conheceu a família dos reféns britânicos, e, mais tarde, juntou-se a Herzog para se encontrar com familiares de Tamir Adar, cujo corpo se acredita estar retido por guerrilheiros do Hamas em Gaza. “Espero que surja um acordo de reféns nos próximos dias, e estou a utilizar todos os esforços diplomáticos”, afirmou Lammy. “Espero, também, que vejamos um cessar-fogo em breve e que consigamos trazer alívio ao sofrimento e à intolerável perda de vidas que estamos a assistir agora também em Gaza.”

Prosseguem os ataques na Faixa de Gaza

EYAD BABA

Outras notícias em destaque:

⇒ Os Estados Unidos receberam, nas últimas semanas, informações de serviços de secretas relativamente a uma alegada uma conspiração iraniana para tentar assassinar Donald Trump, informou a “CNN” nesta terça-feira. A “CNN” noticiou também que não havia qualquer indicação de que o suspeito de 20 anos que terá atingido Trump no sábado estivesse ligado à conspiração. Os serviços secretos dos EUA e a campanha de Trump foram informados da conspiração antes do comício de sábado.

⇒ As forças israelitas enfrentaram combatentes liderados pelo Hamas em várias áreas da Faixa de Gaza nesta terça-feira, e as autoridades de saúde palestinianas referiram que pelo menos 57 pessoas foram mortas em bombardeamentos israelitas nas zonas sul e central. O grupo palestiniano acusou Israel de intensificar os ataques em Gaza para tentar dificultar os esforços dos mediadores de Estados árabes e dos Estados Unidos para chegar a um acordo de cessar-fogo. Israel alega que está a tentar erradicar os combatentes do Hamas.

⇒ O grupo xiita libanês Hezbollah anunciou o disparo de numerosos lança-foguetes contra a cidade de Kiryat Shmona, norte de Israel, em retaliação por um anterior ataque israelita que matou dois civis no sul do Líbano. "Em resposta aos ataques do inimigo israelita (...) em particular em Kfar Tibnit que provocaram a morte de dois civis, os combatentes da Resistência Islâmica bombardearam a localidade de Kiryat Shmona, com dezenas de lança-foguetes 'katyusha'", indicou o movimento xiita libanês, em comunicado.

⇒ O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Exército deve "aumentar a pressão" sobre o Hamas palestiniano, após nove meses de guerra na Faixa de Gaza. "O Hamas está sob pressão. Está sob pressão crescente porque o estamos a prejudicar, estamos a eliminar os seus principais comandantes e milhares de terroristas", afirmou Netanyahu numa cerimónia oficial no Monte Herzl, em Jerusalém, onde se encontram os túmulos de figuras nacionais como o pai do sionismo, Theodore Herzl.

⇒ O Exército de Israel declarou zona militar vários 'kibbutz' situados perto da Faixa de Gaza, cujos acessos ficarão interditados, indica um comunicado divulgado esta terça-feira. De acordo com a nota que foi transmitida através do portal oficial das Forças Armadas, a medida vai abranger, além das zonas residenciais dos 'kibbutz' (comunidades), as áreas de cultivo alertando que o "acesso fica proibido" e apenas autorizado após "coordenação prévia".

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