EUA: Inflação sobe ligeiramente acima das expectativas para 3,4% em dezembro

9 meses atrás 62

O mercado já esperava uma ligeira subida, pelo que o resultado não foi surpreendente. Os custos com alojamento são agora a principal pressão no indicador de preços na maior economia do mundo.

A inflação nos EUA ficou acima do esperado em dezembro, chegando a 0,3% em cadeia e a 3,4% em termos homólogos, com as despesas com alojamento a pesarem no indicador. Ainda assim, a inflação subjacente recuou na análise homóloga, tocando mínimos de maio de 2021.

O mercado esperava já uma ligeira subida do indicador de preços no último mês do ano, embora as projeções tenham acabado ultrapassadas: para a leitura homóloga, os analistas apontavam a 3,2%, enquanto o valor em cadeia estava estimado em 0,2%.

Do lado da inflação subjacente, a expectativa para a leitura em cadeia coincidiu com o valor divulgado pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA, ou seja, 0,3%, enquanto os 3,9% homólogos ficaram apenas marginalmente acima da projeção de 3,8%.

A subida foi motivada sobretudo pela categoria de alojamento, ou seja, rendas e preços de casas. Este elemento do cabaz de preços subiu 0,5% em cadeia e foi responsável por quase metade do avanço do indicador subjacente, detalham os dados. Em termos homólogos, o alojamento registou uma subida de 6,2%.

Do lado dos salários, uma dinâmica que os responsáveis da Reserva Federal têm vindo a sublinhar como chave na equação do aperto monetário em curso, a subida em cadeia foi de 0,2%, traduzindo-se num avanço homólogo de 0,8%. Estes dados dão mais força à ideia de que o ciclo de subidas das taxas diretoras estará mesmo próximo do fim, dado o impacto que a dinâmica salarial vinha tendo na política da Fed.

Recorde-se que o mercado tem vindo a mudar o seu foco para o timing dos cortes de juros esperados este ano, com uma boa parte dos investidores e analistas a apostar em descidas dos juros já em março. Olhando para a ferramenta de análise do CME Group, a FedWatch Tool, a perceção pouco se alterou com a divulgação destes dados, com 67,1% de probabilidade calculada de descidas já daqui a dois meses, ligeiramente acima dos 64,7% registados no dia anterior.

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