EUA. Reserva do Exército pune oficiais por erros em ataque com 18 mortos

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Em relatório divulgado hoje, o Exército mencionou falhas de comunicação na cadeia de comando e entre hospitais civis e militares, entre outros problemas apurados pela investigação.

A tenente-general Jody Daniels, comandante da Reserva do Exército, disse que a investigação revelou "uma série de falhas da liderança da unidade".

Acrescentou que foram tomadas ações administrativas contra os três oficiais que têm o potencial de lhes travar progressões na carreira.

Sobreviventes e familiares das vítimas têm sido críticos das oportunidades perdidas para interromper o ataque, ocorrido em 2023, que aconteceu depois de familiares e camaradas militares terem percebido que o atirador estava com um comportamento delirante e paranoico.

No documento detalhou-se que o atirador, identificado como sargento de 1.ª classe Robert Card, tinha antes caído de uma escada, uma causa potencial para as feridas descobertas na sua autópsia.

De forma enfática, Daniels garantiu que não havia qualquer ligação entre a sua ferida na cabeça e o seu serviço militar, mesmo eu o Departamento de Defesa esteja a analisar os potenciais efeitos negativos da exposição a explosões frequentes.

Com 40 anos, Card estava a viver uma crise de saúde mental em crescendo e fez algumas declarações alarmantes antes do tiroteio.

A investigação apurou que Card tinha uma "lista de alvos", gabava-se de poder matar 100 pessoas com uma mira telescópica que tinha comprado e disse a um profissional de saúde mental que iria deixar o emprego "antes que acabasse a matar alguém".

O tiroteio ocorreu em 25 de outubro de 2023, em uma pista de bowling, um bar e uma churrasqueira, em Lewinston.

Além dos mortos, houve mais 13 feridos por bala e 20 outros por outras causas.

A situação acabou com o suicídio de Card.

O relatório do Exército recomenda alterações de práticas e novas políticas para melhorar a gestão da saúde mental dos reservistas.

Pessoas que conheciam Card disseram que o seu comportamento começou a mudar em janeiro de 2023.

A sua ex-esposa e o filho informaram a polícia sobre o seu comportamento errático e paranóico em maio.

Preocupações com o seu comportamento e uma sua tentativa de atacar um camarada reservista levaram-no a ser internado em um hospital militar para análise. No seguimento foi transferido para um hospital psiquiátrico privado para tratamento.

Ao fim de 19 dias teve alta e deixou de ter o estatuto de reservista no ativo, o eu o colocou fora da influência das regras militares.

O relatório mencionou também o sumário da alta de Card, passado pelo Hospital Psiquiátrico Quatro Ventos, concluiu que exibia sintomas como psicose, desordem bipolar, instintos agressivos, paranoia, ouvir vozes e pensamentos homicidas.

Salientou ainda que o hospital pretendeu uma ordem judicial para prolongar a internamento, mas não a obteve antes de Card ter alta.

O relatório acusou o Programa de Saúde Mental a Reserva do Exército de falhar em apreciar devidamente a informação médica de Card antes de arquivar o caso, devido +a recusa de Card em cooperar.

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