EUA sem indicações de ofensiva terrestre iminente de Israel no Líbano

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"Não parece que esteja iminente", disse aos jornalistas Sabrina Singh, porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, acrescentando que os Estados Unidos "não querem certamente qualquer ação que possa levar a uma nova escalada na região".

O chefe do Estado-Maior israelita, Herzi Halevi, comentou hoje que os ataques aéreos ao Líbano nos últimos três dias servem para preparar o terreno para uma possível incursão terrestre contra o Hezbollah, depois de o Exército ter convocado duas brigadas de reservistas.

Halevi referiu que uma possível operação israelita consistiria em entrar em cidades do sul do Líbano que o Hezbollah "converteu numa grande base militar", para destruir infraestruturas militares usadas pelo grupo xiita aliado do Irão.

As autoridades norte-americanas informaram hoje que Washington apresentou uma proposta de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah para travar a escalada do conflito.

O secretário de Estado, Antony Blinken, passou os últimos três dias - à margem da reunião anual de líderes mundiais da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque -- a procurar o apoio de outros países para o seu plano de paz regional.

Uma fonte do Governo norte-americano assegurou à agência Associated Press que Israel apoia os esforços de Washington para esta proposta.

O presidente do parlamento libanês, Nabih Berri, também referiu hoje que estão a ser feitos "esforços sérios" para uma solução política com vista a alcançar uma trégua no confronto entre Israel e o grupo xiita libanês, acrescentando que "as próximas 24 horas serão decisivas".

Na segunda-feira, Israel iniciou uma intensa campanha de bombardeamentos, sobretudo no sul e leste do Líbano, justificando que está a visar posições do Hezbollah e `rockets` e mísseis alegadamente escondidos em zonas civis para atacar o território israelita.

Os bombardeamentos, na escala de centenas em três dias, já custaram a vida a mais de 600 pessoas e provocaram a deslocação de dezenas de milhares de libaneses, segundo as autoridades do Líbano.

Israel e Hezbollah têm trocado tiros numa base diária desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 07 de outubro, provocando a deslocação de dezenas de milhares de pessoas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.

Os ataques no Líbano foram intensificados à medida que as autoridades de Telavive anunciaram uma deslocação das operações militares na Faixa de Gaza contra o grupo islamita palestiniano Hamas, aliado do Hezbollah, para o norte do país.

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