Euro 2024: Países Baixos-Inglaterra, 1-2 (crónica)

2 meses atrás 75

A Inglaterra revalidou a presença na final do Europeu, três anos depois, com uma vitória tardia sobre os Países Baixos. O golo do triunfo da seleção dos Três Leões (1-2) surgiu já aos 90+1, com o substituto Ollie Watkins a rematar certeiro para dentro da baliza. Os ingleses, apesar da contestação a Southgate, marcam presença na final de domingo, em Berlim, contra a Espanha.

Houve uma grande primeira parte entre duas equipas que procuravam o ataque sem grandes rodeios, como já vimos em jogos anteriores neste Europeu. Tal como na outra meia-final, que foi um jogo vívido, com dois golos e duas bolas à trave na primeira parte. Inglaterra e Países Baixos apresentaram-se praticamente da mesma forma em relação aos quartos-de-final, tanto na formação tática, como nos onzes.

Tudo começou com um grande golo de Xavi Simons. O médio neerlandês, que esteve emprestado pelo Paris Saint-Germain ao Leipzig, da Alemanha, ganhou a bola a um inglês, deu dois toques e desferiu um grande remate, cheio de força e colocação, para o fundo das redes de Verbruggen. O guardião ainda toca na bola, mas sem conseguir desviá-la.

A Inglaterra viria a empatar, de forma algo polémica. Após um remate de Harry Kane, Denzel Dumfries acerta no pé do avançado inglês, num movimento inevitável depois do remate. Após um momento de hesitação da equipa de arbitragem, o VAR chamou Felix Zwayer ao monitor para avaliar o lance. Acabou por dar penálti aos ingleses. Kane não tremeu e igualou Alan Shearer com sete golos em Europeus.

O jogo não morreu aí. Aos 29 e 32, a bola embateu duas vezes nos ferros, uma vez de cada lado. Primeiro, com Denzel Dumfries, que tinha cometido penálti, a acertar com estrondo no travessão da baliza de Pickford, que estava batido. Na resposta, Phil Foden acertou no poste da baliza de Verbruggen, com um remate a fazer lembrar Yamal, da direita para o meio. Desta vez, o esférico bateu no ferro e foi para longe.

Nota ainda para um corte providencial de Dumfries em cima da linha de golo, após iniciativa de Foden, e a substituição forçada de Memphis Depay, para a entrada de Veerman. Malen passou para o centro do ataque, por breves instantes, antes de dar o lugar a Weghorst no intervalo. Xavi Simons deslocou-se para a ala direita.

A segunda parte ilustrou um pouco daquilo que de pior o Europeu trouxe nestas fases a eliminar. Muito calculismo de parte a parte, sabendo que o empate é o resultado mais seguro, jogando com o relógio, em vez de expor a defesa com a procura do golo. Os Países Baixos assumiram-se como a equipa mais retraída, dando a iniciativa aos ingleses.

A impaciência crescia, a contestação dos adeptos ingleses também, especialmente quando decidiu retirar Harry Kane por... Ollie Watkins, do Aston Villa. Phil Foden saiu no mesmo momento. No entanto, quando já todos pensavam que o jogo ia para prolongamento, Ollie Watkins encontrou o buraco na agulha da defesa neerlandesa, rodando sobre De Vrij, e rematando cruzado para o poste mais distante. E que festa. 

A Ingleterra chega à final de uma grande competição, pela primeira vez, fora de casa. No Mundial de 1966 e no Euro 2020, os jogos decisivos foram disputados em Wembley. Agora, é em Berlim que os ingleses têm a chance de ganhar, pela primeira vez, um Europeu. Pela frente têm, talvez, a melhor seleção desta edição - a Espanha, de Luis de la Fuente.

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