Europa poderá ter de aumentar taxas para travar as importações de elétricos chineses

2 semanas atrás 46

Uma nova análise concluiu que a União Europeia (UE) terá de impor taxas mais elevadas do que o previsto aos veículos elétricos chineses para travar as suas importações.

União Europeia (UE) e China

O Rhodium Group espera que a UE imponha taxas na ordem dos 15% a 30% sobre os veículos elétricos chineses importados. Porém, numa análise divulgada recentemente, a empresa afirmou que é pouco provável que essas taxas sejam suficientes para travar a concorrência da China.

Mesmo que os direitos aduaneiros se situem no limite superior deste intervalo, alguns produtores chineses continuarão a poder gerar margens de lucro confortáveis nos automóveis que exportam para a Europa, devido às vantagens substanciais em termos de custos de que beneficiam.

Lê-se no relatório do grupo, citado pela CNBC.

Fabricante chinesa de carros elétricos, NIO

Esta análise do Rhodium Group surge no contexto da investigação anti-subvenções em curso na UE sobre as importações de veículos elétricos da China, análise que o país já admitiu temer, pelas conclusões "distorcidas e pouco objetivas" que podem resultar dela.

Recorde-se que a Comissão Europeia lançou, em setembro do ano passado, uma investigação sobre a possibilidade de impor taxas, com o objetivo de proteger as fabricantes da UE contra as importações de veículos elétricos chineses mais baratos. Isto, porque, segundo a entidade europeia, estes poderão estar a beneficiar de subsídios estatais.

Importações BYD

De acordo com a análise, empresas chinesas como a BYD podem vender carros a preços e margens de lucro muito mais elevados em regiões como a UE, em comparação com o mercado interno, apesar de pagarem a taxa relativa aos direitos aduaneiros.

O relatório refere que a BYD terá provavelmente de reduzir os preços para atingir os seus objetivos de conquistar uma maior quota de mercado na UE. Ainda assim, uma taxa de 30%, considerada pelo Rhodium Group, daria ainda margem suficiente para o fazer.

Considerando este exemplo da BYD, "provavelmente, seriam necessários direitos muito mais elevados, de cerca de 45%, ou mesmo 55%, para produtores ferozmente competitivos". Isto, de modo a "tornar as exportações para o mercado europeu pouco atrativas em termos comerciais".

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