Ex-líder dos Proud Boys condenado a mais de 3 anos de prisão

4 meses atrás 57

Charles Donohoe foi o segundo Proud Boy a declarar-se culpado de conspirar com outros membros do grupo de extrema-direita para obstruir a sessão conjunta do Congresso, de 06 de janeiro de 2021, que certificava a vitória eleitoral do Presidente Joe Biden, após a vitória do democrata contra o republicano Donald Trump, nas presidenciais de 2020.

Esta sentença pode ser um indicador para outros membros dos Proud Boys que concordaram em cooperar com os procuradores federais.

Donohoe, de 35 anos, de Kernersville, Carolina do Norte, pediu desculpas à sua família, aos polícias que protegiam o Capitólio em 06 de janeiro e à "América como um todo", pelas suas ações em 06 de janeiro.

O juiz distrital dos EUA, Timothy Kelly, condenou Donohoe a três anos e quatro meses de prisão, mas o norte-americano pode ser elegível para libertação dentro de um ou dois meses, tendo em consideração o tempo de prisão que já cumpriu, desde a sua detenção em março de 2021.

Timothy Kelly frisou que Donohoe parece estar a fazer tudo ao seu alcance para corrigir os seus crimes.

Donohoe era o líder de uma filial local dos Proud Boys na Carolina do Norte e tenente do ex-presidente nacional dos Proud Boys, Enrique Tarrio, condenado a 22 anos de prisão, a pena mais longa aplicada até agora no caso relacionado com o ataque ao Capitólio.

De acordo com o procurador do Departamento de Justiça, Jason McCullough, Donohoe atuou como "olhos e ouvidos do grupo local" em Washington no dia do ataque ao Capitólio, mas os procuradores defenderam que o norte-americano merecia uma benesse pela sua aceitação precoce da responsabilidade e cooperação com a investigação.

Na manhã de 06 de janeiro, Donohoe caminhou com mais de 100 membros dos Proud Boys até ao Capitólio. Embora não tenha entrado no edifício, atirou duas garrafas de água contra os polícias que enfrentavam a multidão.

Donohoe, um veterano do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA que serviu em duas missões no Iraque, já não tem qualquer ligação aos Proud Boys, de acordo com o advogado de defesa, Ira Knight.

Mais de 1.200 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados com o ataque ao Capitólio. Aproximadamente 900 destes declararam-se culpados ou foram condenados por um juiz ou júri após os julgamentos. Mais de 700 foram condenados.

Um caso revelado na segunda-feira acusa uma ativista política da Florida de invadir o edifício do Capitólio em 06 de janeiro, com um membro dos Proud Boys. Barbara Balmaseda, de 23 anos, foi detida na quinta-feira, estando acusada de obstrução da justiça e conduta desordeira.

Um jornalista da estação Fox News, que entrevistou Balmaseda em 2021, identificou-a como diretora geral dos Jovens Republicanos de Miami.

O advogado da ativista, Nayib Hassan, apontou que o caso contra Balmaseda tem motivação política e considerou a sua detenção um "desperdício de recursos de aplicação da lei".

Leia Também: Supremo dos EUA analisa recurso de acusações sobre invasão do Capitólio

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