João Ribeiro foi presidente da Câmara de Tabuaço entre 2009 e 2013 e já foi condenado a cinco anos e quatro meses de cadeia num acórdão que ainda não transitou em julgado. Depende agora do sanar de uma nulidade parcial num processo onde se julgaram crimes de prevaricação, participação económica em negócio e abuso de poder.
O ex-autarca voltou agora novamente ao tribunal de Viseu num outro processo, novamente relacionado com obras. Desta vez a estrada que liga Tabuaço a Rio Douro, que os serviços da autarquia colocaram a concurso por um valor de 2,6 milhões de euros, mas que foi, entretanto, adjudicada à empresa Montalvia por quase menos um milhão de euros.
No início deste novo processo, o ex-autarca está acusado com mais quatro arguidos de crimes como corrupção, ato ilícito em cargo político, fraude de obtenção de subsídio , prevaricação de cargo políticos e falsificação de documento.
Na primeira sessão, o ex presidente da Câmara de Tabuaço fez questão de falar perante o coletivo de juízes para explicar que não conhecia o empresário Gumercindo Lourenco antes de ser autarca e que nunca teve papel ativo na decisão de atribuir a construção da estrada à empresa Montalvia.
Além disso, explicou ainda que os 54 mil euros que o Ministério Público acredita que possam ter sido luvas recebidas pelo autarca foram, na verdade, as poupanças de uma vida que depois foram investidas na compra de um carro.
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