Entre os potenciais interessados na aquisição da fábrica da Audi de Bruxelas, está uma conhecida marca de automóveis chinesa.
Depois de ter sido anunciado que a Audi poderia encerrar a sua fábrica de elétricos em Bruxelas, na Bélgica, a NIO surge como uma potencial compradora, tal como avançado pelo jornal belga De Tijd.
O construtor chinês surge assim como um dos potenciais interessados em ocupar a infraestrutura com a produção dos seus modelos, evitando as tarifas de importação aos elétricos fabricados na China, impostas pela União Europeia. Desde julho, a NIO está sujeita a uma taxa de 21% (em cima dos 10% já existentes).
Ainda assim, nos últimos oito meses o fabricante vendeu 1777 automóveis na Europa, com o ET7 a liderar a tabela, de acordo com a DataForce.
NIO ET7Segundo o avançado pelo Automobilwoch, a marca chinesa recusou-se a prestar declarações. No entanto, representantes do sindicato belga informaram que uma delegação de possíveis investidores chineses havia visitado a fábrica em Bruxelas.
Ambiente instável
De acordo com a Audi, a procura pelo único modelo produzido na fábrica — Q8 e-tron — baixou significativamente nos últimos tempos, ao ponto da marca ter anunciado que iria parar a sua produção.
O anúncio criou um grande tumulto dentro da fábrica, deixando cerca de 3000 trabalhadores revoltados à espera de explicações relativamente ao futuro desta unidade.
Um grupo de operários da fábrica, no início deste mês, chegou mesmo a confiscar as chaves de cerca de 200 viaturas da Audi. Esta foi a primeira grande movimentação pública de um sindicato, em representação dos operários do Grupo Volkswagen, após o anúncio de cortes e encerramento de fábricas na Europa.
Fonte: Automotive News Europe