"Fase intensa" de ataques a Rafah perto do fim, mas guerra vai continuar, garante Netanyahu

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“Muito em breve” os ataques intensos contra o Hamas vão acabar, declarou numa entrevista ao israelita Canal 14 no domingo. Mas os militares vão continuar em Gaza.

“Não estou disposto a acabar a guerra e a deixar o Hamas como está”, explicou o primeiro-ministro, rejeitando ainda que a Autoridade Palestiniana passe a controlar Gaza em substituição do Hamas.

"No final, será necessário fazer duas coisas: a desmilitarização militar em curso por parte das Forças de Defesa de Israel e o estabelecimento de uma administração civil. Espero que tal aconteça com o apoio e a gestão de certos países da região. Penso que esta é a forma certa de avançar", considerou.
Desde 7 de outubro, mais de 37.551 pessoas foram mortas em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do território. Entre as vítimas mortais, até ao final de abril o ministério identificou 14.680 crianças, mulheres e idosos.
E deixou outra garantia: "Vou dizer-vos o que não estou disposto a fazer: não estou disposto a criar um Estado palestiniano, não estou disposto a entregá-lo à Autoridade Palestiniana. Não estou pronto para fazê-lo".

Em Rafah, os habitantes têm testemunhado mais confrontos, enquanto na cidade de Gaza os ataques aéreos israelitas alegadamente mataram o diretor dos serviços de emergência do Ministério da Saúde dirigido pelo Hamas.

Terá também sido atingido um centro de distribuição de ajuda que as Forças de Defesa de Israel acreditavam estar a ser utilizado pelo grupo islâmico.
Netanyahu quer mais tropas no Líbano
Segundo Netanyahu, uma vez terminados os combates em Gaza, Telavive poderá enviar mais tropas para a fronteira com o Líbano, onde os combates com o Hezbollah, apoiado pelo Irão, têm vindo a intensificar-se.

"Depois de terminada a fase intensa, teremos a possibilidade de deslocar uma parte das forças para norte. E iremos fazê-lo. Em primeiro lugar, e acima de tudo, por razões defensivas. E, em segundo lugar, para trazer os nossos residentes deslocados para casa", declarou Netanyahu.

"Se pudermos, vamos fazê-lo diplomaticamente. Caso contrário, iremos fazê-lo de outra forma. Mas vamos trazer para casa" os habitantes, assegurou, referindo-se aos israelitas de cidades junto à fronteira com o Líbano que foram evacuadas devido aos confrontos com o Hezbollah.

O ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, realiza esta semana uma visita a Washington para discutir a guerra em Gaza e a escalada de tensões com o Hezbollah.

c/ agências

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