Fazer uma boa ressaca na Europa

6 meses atrás 53

Vindo de duas, pesadas, derrotas frente aos seus dois maiores rivais, Sporting e FC Porto, o Benfica entra, esta quinta-feira, em ação na fase a eliminar da Liga Europa e recebe o Rangers, líder do campeonato escocês e habitual osso duro de roer.

O momento é frágil na Luz. Os encarnados vinham vivendo uma das melhores fases, pelo menos a nível de resultados, da temporada, mas defrontaram os dois rivais consecutivamente e a equipa deixou muito a desejar. Os resultados falam por si, especialmente o 5-0 no Dragão, mas mais do que isso, a equipa deixou muito a desejar a nível exibicional e esteve incaracterística e sem a devida atitude e mentalidade para jogos desta magnitude, na fase mais importante da época.

Historicamente, ao longo da sua carreira, Roger Schmidt responde a pesadas derrotas com alguma rotação da equipa e deu a entender, na conferência de imprensa de antevisão da partida, que isso era uma forte possibilidade para este jogo. Posto isto, a equipa grita pela presença de Florentino Luís no meio campo e as suas características encaixam para contrariar a verticalidade do Rangers. Além disso, Arthur Cabral, que desapareceu das escolhas depois da sua melhor fase, é uma forte possibilidade. As maiores dúvidas surgem nas alas: Aursnes na esquerda - até pelo mau momento de Morato - ou ainda na direita, face a Bah ter regressado de lesão recentemente? E Neres na esquerda ou Kokçu, depois do fracasso no Dragão?

Virando a página para o Rangers, os níveis de confiança são bem distintos. Apesar de virem de uma derrota para o campeonato (1-2), a verdade é que este Rangers vive um dos seus melhores momentos dos últimos anos e finalmente tornou a luta com o rival Celtic acesa, a fazer lembrar outros tempos. De tal modo que antes dessa derrota tiveram 11 vitórias seguidas e lideram, de forma isolada, o campeonato.

Relativamente às suas escolhas, o treinador belga Philippe Clément tem sido constante numa rotação do seu onze inicial, o que deixa algumas incógnitas no ar, especialmente no meio campo, onde Raskin, Dioamandé, Tom Lawrence e Ryan Jack têm rodado bastante. Dependerá um pouco da abordagem que este desejar da equipa, mas não deverá mudar a identidade vertical da equipa. Apesar disso, estão privados de algumas opções ofensivas - Sima, Cortés, Matondo e Danilo Pereira -, o que reduz as opções de Clément.

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