FC Porto-Rio Ave (0-0), crónica

7 meses atrás 55

Numa 20.ª jornada marcada pela falta de policiamento em Famalicão, no Dragão foi abundante a segurança do Rio Ave. A turma de Luís Freire, que não contou com o castigado Oudrhiri, nem com o lesionado André Pereira, revelou Tanlongo como surpresa entre os titulares. Os visitantes apresentaram uma paciência e coesão hercúlea, abdicando da iniciativa de jogo para frustrar o ímpeto ofensivo contrário.

O FC Porto, que repetiu o «onze» da visita ao Farense, e estreou o reforço Otávio Ataide nos convocados, apostou desde cedo em inaugurar o marcador. A pressão exercida sobre a linha recuada contrária permitiu a Evanilson recuperar a bola, junto da área contrária, somente perturbado por Nóbrega na corrida para a baliza. Face à queda do brasileiro, António Nobre apontou para a marca de grande penalidade. Contudo, o vídeoárbitro – esta noite liderado por Fábio Melo – aconselhou o árbitro a reverter a decisão.

O ponta de lança portista, a viver uma fase prolífera, é o vértice no ataque dos dragões, recuando até à posição «falso nove» para servir Francisco Conceição e Galeno.

Num jogo de sentido único, o FC Porto inaugurou o marcador – ainda que por escassos minutos – por Galeno. Numa jogada coletiva de encher o olho, a toda a largura, Conceição recebeu à direita, cruzou para o cabeceamento de Nico González, travado por Jhonatan. Contudo, face à recarga, o guardião nada podia fazer.

Minutos volvidos, quando a festa já havia acalmado, o vídeoárbitro voltou a ação e desvendou um fora de jogo de quatro centímetros de Galeno.

Entre insistências, voltou a gritar-se «Golo!» no Dragão à passagem dos 40m. Mas, uma vez mais, havia posição irregular no ataque dos portistas, desta feita por 14 centímetros.

Do lado dos vilacondenses, o muro permanecia intacto, com Aderllan Santos em evidência, esperando até ao momento certo para intervir e agravar a frustração da turma de Sérgio Conceição. Sem medo de recorrer à falta, os comandados de Luís Freire estavam apostados em arrecadar um ponto no Dragão, essencial na maratona pela manutenção – até porque os vilacondenses ocupam posição que a play-off de manutenção.

Por isso, ao intervalo, prevalecia o nulo

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Fortaleza do Rio Ave frustra o dragão

Ao intervalo, Luís Freire lançou Aziz e Vrousai, em detrimento de Joca e Fábio Ronaldo, procurando aproveitar a «avalanche» ofensiva dos dragões para contra-atacar. De facto, o encontro manteve-se de toada única, mas foram raros os ataques dos visitantes.

Todavia, o FC Porto surgiu mais nervoso, impaciente, até desesperado, no segundo tempo. Os remates sucediam-se à mínima oportunidade, as bolas paradas não surtiam efeito e os cruzamentos morriam, por norma, nas mãos de Jhonatan, livre de pressão.

Apesar da entrada de Iván Jaime, Toni Martínez, Gonçalo Borges e Dany Damaso – e com o Rio Ave reduzido a partir dos 90+2m – a «fúria» portista no ataque apenas surtiu desespero e frustração- Nada transpôs a muralha – impressionante – do Rio Ave. Ao contrário do sucedido na primeira volta, os dragões não encontraram o caminho da felicidade nos derradeiros minutos.

O terceiro empate do FC Porto na Liga atrasa os dragões na perseguição aos rivais, somando 45 pontos no 3.º lugar. Quanto ao Rio Ave, os comandados de Luís Freire atingem os 18 pontos e igualam, provisoriamente, Estoril e Estrela da Amadora.

Os vilacondenses recebem na próxima jornada, a 11 de fevereiro (domingo), o Casa Pia, rival direto na luta pela manutenção. Partida agendada para as 20h30.

Por sua vez, o FC Porto centra atenções nos «quartos» da Taça de Portugal. Na quarta-feira, às 16h, os dragões visitam os açorianos do Santa Clara. No regresso à Liga, no sábado, os portistas visitam o Arouca.

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