Fed: Powell abre a porta a corte de juros em setembro perante abrandamento da inflação e emprego

2 meses atrás 70

“Uma redução da nossa taxa de referência pode estar em cima da mesa tão cedo como setembro”, reconheceu Powell, embora sem se comprometer com tal e mantendo a dependência dos dados.

Jerome Powell abriu a porta a cortes de juros em setembro, uma possibilidade que o mercado vinha a antecipar e que tem agora um forte sinal favorável. Mantendo vários cenários em cima da mesa, o presidente da Reserva Federal admitiu que o emprego tem vindo a abrandar nas últimas leituras enquanto o progresso na luta contra a inflação tem sido mais considerável do que no ano passado.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao anúncio de que tudo ficaria na mesma nos juros diretores da maior economia mundial, o presidente da Fed admitiu a probabilidade de cortes já em setembro, em linha com o projetado por investidores e analistas. Sem se comprometer especificamente com qualquer decisão, Powell reconheceu que “uma redução da nossa taxa de referência pode estar em cima da mesa tão cedo como setembro”, quando a Fed se volta a reunir.

“Uma série de indicadores sugerem que as condições no mercado laboral voltaram aonde estavam antes da pandemia: fortes, mas não sobreaquecidas”, argumentou o presidente do banco central norte-americano.

Um dos focos de sobreaquecimento era o mercado laboral, mas Powell revelou já não ver pressões inflacionistas de maior vindas desta componente. Como tal, o presidente confessa que não quer ver “mais arrefecimento no mercado laboral”, garantindo que se manterá vigilante.

Com um progresso mais forte contra a inflação este ano do que no ano passado, a questão para a Fed é, portanto, “como podemos manter [a economia] assim”, dado que “não há sinais nem de sobreaquecimento, nem de uma queda abrupta”. Pelo contrário, o panorama é de “forte atividade económica e inflação a descer”.

“É uma economia completamente diferente da de há um ano”, resumiu.

Pela oitava reunião consecutiva, a Reserva Federal manteve os juros de referência nos EUA em máximos de 23 anos, ou seja, entre 5,25% e 5,5%, um desfecho amplamente esperado para a reunião de política monetária de julho.

Ler artigo completo