Fim da guerra na Ucrânia em 2024? "Ninguém tem a resposta"

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez, esta terça-feira, um balanço sobre o conflito no país, que começou a 24 de fevereiro.

Numa conferência de imprensa em Kyiv, Zelensky falou sobre a mobilização de mais pessoas para o combate contra a Rússia, tendo falado em cerca de 450 mil novos combatentes.

O presidente ucraniano considerou também que a Rússia "não conseguiu atingir nenhum resultado" este ano, incluindo chegar ás fronteiras  no Donbass.

Questionado sobre a possibilidade de 2024 não trazer o fim da guerra em território ucraniano, notou que "ninguém tem a resposta" para essa pergunta, mesmo os oficiais mais experientes. "Temos pensamentos e ideias, e as ideias podem estar longe da realidade", acrescentou.

Zelensky foi ainda confrontado com a possibilidade de a Ucrânia estar num ponto em que está a perder a guerra contra a Rússia, defendendo que "não achava" que era isso que estava a acontecer. Sublinhando que o país esteve numa situação muito complexa, nomeadamente, em relação às infraestruturas, economia e fornecimento de comida.

"Fomos completamente bloqueados, e ainda assim ultrapassámo-lo", afirmou, dando como exemplos alguns ciberataques e ataques nos locais. Apesar desta situação, Zelensky reconhece que a "torneira está a começar a abrir", e que é agora diferente do que já foi. "Esta [eventual] vitória tem custos exorbitantes", acrescentou.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

[Notícia em atualização]

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