As Administrações Públicas financiaram os bancos em 2,8 mil milhões de euros, através da redução de títulos de dívida pública e do aumento de depósitos junto do banco central.
O financiamento das Administrações Públicas foi de 3,7 mil milhões de euros até março de 2024, valor que compara com -6,5 mil milhões de euros registados em igual período de 2023, segundo dados do Banco de Portugal (BdP).
Um valor positivo deste saldo significa que o sector do Estado apresenta uma capacidade de financiamento dos restantes sectores da economia.
Já o financiamento líquido negativo (em 2023) indica que as administrações Públicas, em termos líquidos, adquiriram mais ativos financeiros do que emitiram passivos, ou seja, as Administrações Públicas utilizaram parte dos fundos obtidos para financiarem outros setores da economia.
O Banco de Portugal diz que o financiamento concedido às Administrações Públicas pelo exterior foi de 6,9 mil milhões de euros, maioritariamente através da aquisição de títulos de dívida. Em contrapartida, o Estado financiou os bancos em 2,8 mil milhões de euros, através da redução de títulos de dívida pública e do aumento de depósitos junto do banco central.
Uma análise por instrumento mostra que o financiamento através de emissões líquidas de títulos correspondeu a 4,3 mil milhões de euros. Por outro lado, o financiamento das Administrações Públicas por intermédio de empréstimos deduzidos de depósitos foi de -0,5 mil milhões de euros. Isso significa que os depósitos do Estado superaram os empréstimos.
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