Finlandeses votam hoje para escolher o próximo presidente do país

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Os finlandeses voltam este domingo às urnas para escolher o próximo presidente do país. O antigo primeiro-ministro, o conservador Alexander Stubb, encontra-se em vantagem, depois de ter obtido mais votos do que Pekka Haavisto, ex-chefe da diplomacia e ecologista, com quem disputa a presidência, na primeira volta das eleições, realizada a 28 de janeiro.

Embora Stubb, do partido da Coligação Nacional (no poder), se mantenha à frente nas sondagens, a diferença face ao seu adversário tem vindo a estreitar-se. De acordo com uma das mais recentes sondagens, realizada pela televisão pública finlandesa, a Yle, o ex-primeiro-ministro tem 54% das intenções de voto, contra 46% de Haavisto, membro dos Verdes que disputa o cargo como independente

Cerca de 46% das pessoas com direito de voto votaram antecipadamente no último domingo, segundo dados oficiais, citados pela Reuters. Os primeiros resultados do voto antecipado deverão ser conhecidos pouco tempo depois do fecho das urnas, às 18h00 (hora de Lisboa, 20h00 na Finlândia). O vencedor das eleições deverá ser anunciado cerca das 21h00 (hora de Lisboa).

Estas eleições marcam aquilo que tem sido definido como o “início de uma nova era” na Finlândia, onde a prioridade foi, durante várias décadas, escolher um líder capaz de manter boas relações diplomáticas com a vizinha Rússia, o que implicava manter o país fora da NATO.

Mas agora, após a invasão da Ucrânia, as preocupações são outras, desde logo garantir a segurança do país. Em abril de 2023, a Finlândia tornou-se oficialmente membro da NATO, com a Rússia a ameaçar com medidas de retaliação.

Candidatos divergem em alguns pontos

Alexander Stubb e Pekka Haavisto têm posições semelhantes em termos de política externa, defesa e segurança; ambos são pró-europeus e fortes apoiantes da Ucrânia. Mas divergem em alguns pontos.

Stubb defende uma “cooperação profunda” com a NATO, sendo favorável ao transporte de armas nucleares através do solo finlandês e à permanência de tropas da aliança militar no país. No entanto, não apoia o armazenamento de armas nucleares na Finlândia, explica a Reuters.

Já Pekka Haavisto, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, defende que a proibição de armas nucleares em território finlandês deve ser mantida; também considera “desnecessário” um destacamento permanente de tropas da NATO, considerando a atual situação de segurança.

Na primeira volta das presidenciais, realizadas em 28 de janeiro, Alexander Stubb venceu com 27,2% dos votos; Haavisto obteve 25,8%. A taxa de participação foi de 75%. Foi necessária uma segunda volta porque nenhum dos candidatos obteve mais de metade dos votos.

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