Os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) anteveem uma "ligeira retoma" do crescimento económico da Zona Euro este ano, que será reforçada em 2025, sugerindo ao Banco Central Europeu (BCE) uma redução contínua das taxas de juro, a atingir 2,5% após o verão do próximo ano. Recorde-se que, no início deste mês, o BCE reduziu as taxas de juro em 0,25 pontos percentuais.
"A trajetória de desinflação projetada e os riscos equilibrados que a rodeiam – com base na informação atual – permitem que as taxas de juro possam ser gradualmente reduzidas até atingirem uma orientação neutra, consistente com uma taxa de política terminal de cerca de 2,5% até ao fim do terceiro trimestre de 2025", propõe aquela instituição, num documento sobre a Zona Euro divulgado esta quinta-feira.
O BCE definiu como objetivo um valor de inflação de 2% e tem manifestado cautela perante a defesa de cortes mais fortes nos juros.
A opinião do FMI, divulgada no Luxemburgo, à margem de uma reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, é de que, "após a pandemia, o corte do gás na Rússia e as consequências da guerra na Ucrânia, a economia da área do euro está a recuperar gradualmente e a inflação está a aproximar-se do objetivo" de 2% definido pelo BCE.
Entretanto, a taxa Euribor desceu esta quinta-feira a três, a seis e a 12 meses face a quarta-feira, nos dois prazos mais curtos respetivamente para novos mínimos desde 21 de julho e desde 19 de maio de 2023. A descida da Euribor antecipa a queda, ainda que contida, das taxas de juro de referência do BCE.
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