Fósseis de verme predador "gigante" encontrados na Gronelândia

8 meses atrás 95

Investigadores da Universidade de Bristol, na Inglaterra, descobriram, na localidade de fósseis do Sirius Passet, no norte da Gronelândia, fósseis de uma espécie de verme predador até então desconhecida que habitou os oceanos há mais de 518 milhões de anos.

Chamados 'timorebestia', que significa 'bestas terroristas' em latim, foram alguns dos primeiros animais carnívoros a habitar o planeta. O animal de até 30 centímetros de comprimento é considerado um "gigante" do período cambriano (542 milhões e 488 milhões de anos atrás).

Carnívoros, aqueles predadores podem ter sido alguns dos primeiros vermes predadores a colonizar os ambientes aquáticos. "Os 'timorebestia' eram gigantes da sua época e estariam perto do topo da cadeia alimentar. Isso torna-o equivalente em importância a alguns dos principais carnívoros dos oceanos modernos, como os tubarões e as focas do período Cambriano", explicou Jakob Vinther, investigador da Faculdade de Ciências da Terra e Ciências Biológicas da Universidade de Bristol e autor do estudo, citado num comunicado divulgado pela universidade.

As novas descobertas sugerem que os antigos ecossistemas oceânicos da época eram mais complexos do que se pensava anteriormente, com uma cadeia alimentar que acomodava vários níveis de predadores.

Nos sistemas digestivos fósseis do verme desenterrado, os cientistas encontraram restos de um artrópode nadador comum da época, chamado 'isoxys', sugerindo que este grupo de animais era a sua principal fonte de alimento.

Os artrópodes, um grupo de animais que inclui insetos, aparecem no registo fóssil há cerca de 521 a 529 milhões de anos. Outros fósseis de animais antigos comuns da era Cambriana incluem vermes-flecha que podem ser rastreados há pelo menos 538 milhões de anos.

"Ambos os vermes-flecha e o mais primitivo 'timorebestia' eram predadores nadadores. Podemos, portanto, supor que muito provavelmente foram os predadores que dominaram os oceanos antes da descolagem dos artrópodes", explicou Vinther.

Para identificar as características anatómicas do animal, os cientistas utilizaram uma técnica chamada microssonda eletrónica, que mapeia o carbono no fóssil.

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