França. Irmã de professor assassinado acusa Estado de falta de proteção

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A irmã de um professor assassinado em 2020 por um terrorista islâmico, em França, acusou as autoridades francesas de não protegerem os funcionários das escolas face às constantes ameaças.

Mickaëlle Paty reagiu à demissão de um diretor de uma escola de Paris após ter sido alvo de ameaças de morte por ter tentado impedir o uso do véu islâmico, conhecido também por hijab, e garantiu que o Estado aprendeu pouco com a morte do irmão, Samuel Paty.

De acordo com o The Guardian, a mulher garantiu que houve "múltiplas falhas" por parte das autoridades escolares e que os ministros precisavam de analisar as lacunas que conduziram à morte do irmão. Mickaëlle Paty salientou que foram ignoradas ameaças nas redes sociais que tinham como alvo o irmão.

“Não houve falha na recolha de informação. Mas o problema é o que foi feito com essa informação. É como se houvesse uma pausa, em que esperaram para ver o que acontecia", explicou a mulher. Mickaëlle salientou que era “totalmente evidente que ele [o irmão] deveria ter sido retirado e tido proteção”.

A mulher acusou o governo francês de "negação", "abandono e covardia".

Recorde-se que Samuel Paty, de 47 anos, foi esfaqueado e depois decapitado a 16 de outubro de 2020, numa rua perto da sua escola em Conflans-Sainte-Honorine, uma comuna da região parisiense, quando regressava a casa.

O seu assassino, um refugiado checheno radicalizado de 18 anos, que foi morto pouco depois pela polícia, culpou-o de ter exibido caricaturas de Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão.

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