Francisco Neto: «A exigência subiu, queremos muito, mas os adversários também querem»

2 horas atrás 18

A seleção nacional feminina defronta, esta sexta-feira, o Azerbaijão, na primeira mão do primeiro play-off de apuramento para o Campeonato da Europa de 2025. Esta quinta-feira, Francisco Neto fez a antevisão da partida, em Baku, no relvado onde Portugal joga já amanhã.

O selecionador nacional analisou a seleção adversária e apelou a uma equipa portuguesa forte na reação à perda da bola e capaz de impedir que o Azerbaijão consiga ter a posse. Francisco Neto falou ainda sobre os objetivos estabelecidos internamente.

Francisco Neto em discurso direto

Receita para a vitória: «Acima de tudo, não permitir que o Azerbaijão faça aquilo que fez contra equipas como a Hungria ou a Suíça. São uma equipa que, se lhes permitirem, conseguem ter bola, procuram muito o jogo interior para depois explorar por fora as suas alas. Têm muita mobilidade com a bola. Temos que dominar o jogo nesses momentos para ter esse controlo. Quando tivermos bola, temos de a valorizar, saber o que temos que fazer e no momento da perda ter uma reação muito forte e agressiva, não permitindo que o Azerbaijão possa ter bola. Será um dos segredos.»

Favoritismo e a pressão que isso possa trazer: «A pressão é de dentro para dentro. É algo que estabelecemos para nós. Faz amanhã oito anos que garantimos o apuramento na Roménia e a partir daí a exigência subiu. Quando estamos numa fase final, queremos sempre mais. A exigência é determinada dentro do grupo, queremos muito, mas sabemos que do outro lado estão adversários que também querem e que têm feito o seu percurso ao longo dos anos. Temos de respeitar, ter humildade e ser muito competentes no nosso jogo.»

Análise ao adversário: «Continuamos com algumas questões sobre se aparecem com a linha de cinco, num 5x3x2 como tiveram em alguns jogos, inclusive contra a Hungria, que foi dos resultados mais desnivelados, mas onde elas tiveram mais oportunidades. Depois trocaram para um 4x3x3 com a Suíça, onde defendem com três linhas em 4x4x2. Será um pouco por aqui. Não gostamos de tentar adivinhar, de andar na ciência do achismo. O que procuramos é dotar as nossas jogadoras com os dois cenários que achamos mais prováveis, tentar reconhecer os espaços e onde é que vão estar em função da estrutura que aparecer, mas também focar muito na nossa ideia de jogar. Se assim for, estamos mais perto de conseguir os nossos objetivos.»

Dificuldade no estudo do Azerbaijão derivado de as jogadoras atuarem em campeonatos periféricos: «Tivemos algum tempo para fazer essa análise. É verdade que alguns campeonatos começaram mais tarde do que o nosso e a imagem de clube nem sempre é fácil de encontrar, mas muitas destas jogadoras têm sido a base do trabalho de seleção. Agarramo-nos mais a isso e a convocatória foi muito parecida com as últimas. Fizemos a avaliação pontual, sempre que possível, no trabalho dos clubes. Têm duas jogadoras na fase de grupos da Champions com o Galatasaray, duas jogadoras influentes aqui.»

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