Freebird Club: clube de lazer para maiores de 50 anos recebe meio milhão de euros

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Este “Airbnb sénior” está presente em Portugal desde maio. O financiamento adveio da Fundação Ageas, que pertence ao grupo Ageas Portugal, e da agência governamental irlandesa Enterprise Ireland, que apoia empresas da Irlanda na expansão internacional.

A empresa Freebird Club, que criou um clube social de viagens, alojamentos caseiros e intercâmbio cultural para maiores de 50 anos, angariou 500 mil euros numa ronda de investimento pré-seed que contou com a participação de uma fundação portuguesa.

O financiamento adveio da Fundação Ageas, que pertence ao grupo Ageas Portugal, e da agência governamental irlandesa Enterprise Ireland, que apoia empresas da Irlanda na expansão internacional. O reforço de capital permitirá o crescimento da equipa e a expansão das operações do Freebird Club, que está presente em Portugal desde maio.

Fundada em 2017, a plataforma digital Freebird Club destina-se a conectar pessoas com mais de 50 anos que pretendem receber ou partilhar dicas de viagem, encontrar-se ou hospedar-se na casa de outros membros de uma comunidade a preços mais acessíveis. Funciona como uma rede social em que se cria um perfil com informações sobre cada utilizador – ou um Airbnb sénior.

Inicialmente, este projeto foi financiado por subvenções e prémios, incluindo as duas principais competições de inovação social na Europa (da Comissão Europeia e do Banco Europeu de Investimento) e o prémio de sustentabilidade e impacto no Concurso de Startups de Turismo Global da Organização Mundial do Turismo, em 2019. Em 2023, teve um investimento inicial e uma subvenção do UKRI Healthy Ageing.

“O objetivo deste clube é combater o isolamento social, promovendo o bem-estar e um forte sentido de comunidade e pertença entre as pessoas com mais de 50 anos. Assim, e ao proporcionar um modelo de estadia social, seguro e acessível, o Freebird Club oferece uma alternativa às opções de viagem tradicionais para esta faixa etária”, alega a startup com sede em Dublin.

Segundo o fundador e CEO do Freebird Club, embora as viagens sejam o core da empresa, “o principal objetivo é, e sempre foi, proporcionar um antídoto para a solidão e o isolamento na faixa etária mais velha, cujo mundo tende a encolher à medida que envelhecem”. “Sabemos que viajar é uma das grandes aspirações dos mais velhos, especialmente na reforma, mas muitos sentem uma barreira social: não têm com quem ir ou falta-lhes confiança para viajar sozinho”, explica Peter Mangan.

Na opinião do presidente da Fundação Ageas, o isolamento e a solidão extrema, prevalentes entre os mais velhos, têm impactos negativos na saúde. “A plataforma do Freebird Club aborda estes desafios ao conectar pessoas com base nas suas aspirações de viagem. Portugal é um mercado crucial para uma solução como o Freebird, dada a crescente população de adultos mais velhos e o apelo do país como um importante destino turístico”, afirma João Machado.

Para a Enterprise Ireland, esta startup “inovadora e ambiciosa” está a responder “a uma necessidade social frequentemente despercebida na sociedade moderna”, como disse o manager do programa High Potential Start-Up, Donnchadh Cullinan.

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