Frente Comum espera elevada adesão à greve na jornada de luta de sexta-feira

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Os setores mais afetados deverão ser os da saúde, educação e serviços centrais, nomeadamente tribunais, Segurança Social e repartições de finanças.

O líder da Frente Comum, Sebastião Santana, fala aos jornalistas durante a manifestação em dia da greve nacional de 24 horas dos trabalhadores da Administração Pública, de professores e de profissionais da inspeção tributária e aduaneira, convocada pela Frente Comum / Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins, frente à EB/ES Passos Manuel, em Lisboa, 27 de outubro de 2023. JOÃO RELVAS/LUSAi

A concentração terá como destino o Ministério das Finanças, em Lisboa, com a Frente Comum a apontar para a participação de milhares de pessoas porque, segundo Sebastião Santana, os motivos para fazer greve e protestar aumentaram com a chegada do novo Governo e o conteúdo do seu programa

JOÃO RELVAS/LUSA

A concentração terá como destino o Ministério das Finanças, em Lisboa, com a Frente Comum a apontar para a participação de milhares de pessoas porque, segundo Sebastião Santana, os motivos para fazer greve e protestar aumentaram com a chegada do novo Governo e o conteúdo do seu programa

JOÃO RELVAS/LUSA

A Frente Comum de sindicatos da administração pública espera uma “grande adesão” à greve marcada para sexta-feira no âmbito da jornada nacional de luta, e que milhares de pessoas de todo o país participem na manifestação em Lisboa.

Saúde, educação e serviços centrais, nomeadamente tribunais, Segurança Social e repartições de finanças deverão ser os setores mais afetados e a registar a maior adesão a esta greve da administração pública, segundo antecipou o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, em declarações à Lusa.

Este dia de greve permitirá que os funcionários públicos se juntem à concentração que terá por destino o Ministério das Finanças, em Lisboa, com a Frente Comum a apontar para a participação de milhares de pessoas porque, segundo Sebastião Santana, os motivos para fazer greve e protestar aumentaram com a chegada do novo Governo e o conteúdo do seu programa.

“No dia em que soubemos que a tutela da administração pública ia ficar no Ministério das Finanças entregámos o nosso caderno reivindicativo e até agora não tivemos qualquer resposta“, afirmou o dirigente sindical, referindo que uma das prioridades deste caderno é um aumento intercalar dos salários em pelo menos 15%, com um mínimo de 150 euros por trabalhador, “porque os trabalhadores não podem ficar sem qualquer aumento até 2025”.

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Sebastião Santana precisou ainda que, se no final de outubro, aquando da aprovação da proposta do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024) havia razões para os trabalhadores fazerem greve, estas razões são agora ainda maiores porque “os problemas só se agudizaram”.

A par dos aumentos salariais, em que inclui a subida, durante o ano de 2024, para os 1.000 do salário mínimo no Estado, a Frente Comum reivindica ainda mudanças nas carreiras e no sistema de avaliação de desempenho, bem como medidas de reforço dos serviços públicos.

Para Sebastião Santana, “nos serviços públicos o que se perspetiva é de abertura de portas ao setor privado” em setores como a saúde e a Segurança Social, ou seja, um “desfigurar absoluto da administração pública” que os trabalhadores não podem aceitar.

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