Um funcionário de um laboratório de uma clínica de fertilidade nos Países Baixos, que foi diagnosticado com uma doença genética, usou o próprio esperma para gerar pelo menos 11 filhos, durante vários anos.
As inseminações ocorreram entre 1979 e 1985, na clínica SMCG de Leiden, que já não existe, segundo noticiou a agência EFE, na quarta-feira.
O homem, que utilizou o próprio esperma através do número de registo de outro dador, recusou-se a cooperar na investigação do MCK, centro que gere os arquivos da unidade de saúde. Ainda assim, o trabalhador terá, em 2017, admitido o crime, quando foi encontrado por dois dos seus descendentes biológicos.
Apesar de só agora ter sido tornado público, o caso veio à tona em 2022, quando dois irmãos descobriram que o seu ADN não era correspondente. Com recurso à plataforma My Heritage, apuraram que um deles tinha ADN semelhante a duas outras pessoas cujas mães foram inseminadas na clínica SMCG.
O homem foi diagnosticado com uma doença hereditária, em 2015, que não foi divulgada por questões de privacidade.
"É uma anomalia genética que é transmitida à próxima geração em 50% dos casos. As pessoas têm o direito de saber isto", afirmou Arne van Heusden, diretor do MCK, que sublinhou que a condição "não coloca em risco a vida".
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