Funcionário do Garcia de Orta em prisão preventiva por suspeita de roubo

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21 fev, 2024 - 13:11 • Lusa

Segundo a PSP, alguns dos crimes são agravados por ter havido ameaças e coação sobre as vítimas, algumas delas vulneráveis devido à idade.

O funcionário do Hospital Garcia de Orta, em Almada, no distrito de Setúbal, detido na segunda-feira por suspeita de roubo de ouro e cartões a doentes que davam entrada nas urgências, ficou em prisão preventiva, revelou a PSP esta quarta-feira.

O homem de 35 anos foi detido na segunda-feira no interior do hospital por suspeita de factos "suscetíveis de enquadrar em abstrato a materialidade de crimes de furto e crimes de abuso de cartão de garantia ou de cartão, dispositivo ou dados de pagamento".

Segundo a PSP, alguns dos crimes são agravados por ter havido ameaças e coação sobre as vítimas, algumas delas vulneráveis devido à idade.

"O suspeito na sua atividade diária e funções exercidas na urgência do hospital, aproveitando a especial vulnerabilidade das vítimas que davam entrada, muitas com problemas graves de saúde, é suspeito de praticar inúmeros furtos de objetos em ouro que os doentes possuíam bem como furtos de cartões de débito/crédito, tendo inclusivamente em duas situações coagido e ameaçado as vitimas a entregar-lhe os códigos", explica a PSP em comunicado.

Ainda de acordo com a PSP, com os cartões furtados e respetivos códigos de acesso, o suspeito fazia as mais variadas compras, tendo inclusivamente comprado relógios, perfumes e objetos de ouro de valor elevado.

Na posse dos objetos de ouro furtados às vítimas, é acrescentado na nota, o suspeito deslocava-se às lojas de penhor, onde depositava os objetos e recebia o dinheiro, ascendendo o valor total a vários milhares de euros.

Para consubstanciar a prova, a PSP realizou quatro buscas, uma domiciliária à residência do suspeito e três não domiciliárias, tendo sido apreendido vários objetos e artigos relacionados com os crimes praticados.

No âmbito da investigação, foi ainda constituída arguida a mulher do detido, por suspeitas de coautoria em alguns dos crimes.

No comunicado, a PSP apela a eventuais vítimas que não tenham até ao momento apresentado queixa, que entrem em contacto com a Esquadra de Investigação Criminal de Almada presencialmente, ou através de telefone ou endereço eletrónico.

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