Catarina Albuquerque é a terceira poderosa na categoria Responsabilidade Social e Sustentabilidade. A sua determinação foi essencial para considerar a água potável e saneamento como direitos humanos básicos e inseri-los nos Objetivos de Desenvolvimentos Sustentáveis da ONU.
A portuguesa Catarina Albuquerque até pode ser um nome desconhecido, mas tem no seu currículo um percurso invejável e em prol do bem-estar humano. Isto porque a portuguesa, que consta na lista da revista Forbes Portugal das mulheres mais poderosas nos negócios, é desde 2018 presidente da organização Sanitation and Water for All.
O âmbito desta missão, que Catarina Albuquerque agregou como sua, é levar – como o próprio nome indica – água potável e saneamento a todos os lugares do mundo. A organização é uma das parcerias da Organização das Nações Unidas (ONU).
Por este seu trabalho e por todo o anterior, a Forbes Portugal atribui 68 pontos a Catarina Albuquerque na categoria de Responsabilidade Social e Sustentabilidade.
Catarina Albuquerque é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e tem ainda um Diploma de Estudos Superiores Especializados em Direito Internacional pelo Institut Universitaire de Hautes Etudes Internationales.
Após o término dos estudos, a empresária foi consultora jurídica no gabinete de documentação e direito comparado, órgão independente sob a tutela do Procurador-Geral da República. Posteriormente, escolheu trabalhar fora de Portugal, onde foi membro de várias delegações nacionais na ONU e também consultora do Comité Português para a UNICEF.
Mas foi em 2008 que a executiva, hoje com 54 anos, colocou o seu futuro em andamento. Foi neste ano que se tornou Relatora Especial da ONU para a Água e Saneamento, cargo que ocupou até 2014. Em 2010 teve um papel determinado ao reconhecer a água potável e saneamento como direitos humanos básicos pela Assembleia-Geral da ONU, ajudando a que fossem incorporados nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Desde 2014 que ocupa o cargo que presidente executiva e CEO da Sanitation and Water for All, que junta a ONU a países e organizações da sociedade civil, bem como a Fundação Bill e Melinda Gates.
Em 2009 recebeu a Medalha de Ouro dos Direitos Humanos, que lhe foi atribuída pela Assembleia da República Portuguesa, sendo então reconhecida, por esta instituição nacional, como especialista e defensora dos direitos humanos. Neste mesmo ano foi também reconhecida com a Ordem de Mérito pelo Presidente da República.
Mais tarde, em 2016, recebeu o Prémio IWA Água Global.
Foi Professora Convidada das Faculdades de Direito das Universidade do Minho e Universidade de Coimbra e recebeu um Doutoramento Honoris Causa da Universidade da Carolina do Norte. É também presidente do conselho da Faculdade Nova School of Law.
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