Funerárias "recusam" (ou estão "proibidas") de fazer velório de Navalny

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A porta-voz do opositor de Vladimir Putin, Kira Yarmysh, revelou esta terça-feira que ainda não encontrou um espaço para a despedida de Alexei Navalny. A equipa do opositor russo tem tentado "todas as funerárias públicas e privadas" e há quem se recuse a celebrar as cerimónias fúnebres.

"Desde ontem que andamos à procura de um sítio onde possamos organizar um evento de despedida para o Alexei. Telefonámos para a maior parte das agências funerárias públicas e privadas, espaços comerciais e salas de velório", começa por dizer a porta-voz numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

Kira Yarmysh acrescenta que têm enfrentado algumas dificuldades no processo. "Algumas dizem que o local está completamente reservado. Outras recusam-se a mencionar o apelido 'Navalny'", refere.

"Num dos locais, disseram-nos que as agências funerárias estavam proibidas de trabalhar connosco", adianta ainda Yarmysh.

Since yesterday we have been looking for a place where we can organize a farewell event for Alexey. We have called most of the private and public funeral agencies, commercial venues and funeral halls.

Some of them say the place is fully booked. Some refuse when we mention the…

— Кира Ярмыш (@Kira_Yarmysh) February 27, 2024

De recordar que o corpo de Navalny foi devolvido à sua mãe no sábado, depois de ter ficado retido mais de uma semana pelas autoridades russas.

Navalny, um dos principais opositores de Vladimir Putin, morreu aos 47 anos numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos.

Os serviços penitenciários da Rússia indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.

Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam o presidente russo, Vladimir Putin, pela sua morte.

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