Fusões e aquisições em Portugal movimentam 4,6 mil milhões até junho

Portugal terminou o primeiro semestre de 2024 com 252 operações de fusões e aquisições, que movimentaram mais de 4,6 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pela TTR. Entre janeiro e junho deste ano, o mercado transacional português registou uma queda homóloga de 24% no número de transações e uma redução de 16% no valor.

No entanto, menos de metade desses negócios (38%) publicaram o montante associado, o que poderá desvirtuar a percentagem real comparativa com o ano passado.

Quanto à análise trimestral, referente ao segundo trimestre de 2024, contabilizaram-se 99 deals e um valor acumulado de 1,5 mil milhões de euros. Dessa quase centena, a que se destacou foi a compra da tecnológica Vision-Box pela Amadeus por 320 milhões de euros.

Quanto aos sectores de atividade, o imobiliário mantém-se como o mais ativo em 2024, com 53 transações, seguido pela tecnologia (ou Internet, Software e Serviço de TI) com 29 operações, apesar de neste caso ter havido uma contração de 24% em relação aos primeiros seis meses de 2023. Por outro lado, as energias renováveis cresceram 6% em termos homólogos.

“No âmbito cross-border, quanto à número de transações, a Espanha e França, foram os países que mais investiram em Portugal no período, contabilizando 29 e 17 transações, respetivamente. As empresas portuguesas escolheram a Espanha e o Reino Unido como principal destino de investimento, com 20 e nove transações, respetivamente”, lê-se no relatório de M&A da TTR.

Ao nível da assessoria, qual é o ranking? A CCA Law Firm lidera em número de transações (15) e a Morais Leitão em número (714,81 milhões de euros) no que diz respeito ao sector jurídico. No advisory financeiro, a tabela é encabeçada pelo Banco Santander (quatro transações e 329,17 milhões de euros).

Destaque ainda para o private equity e capital de risco: 24 transações no valor aglomerado de 587 milhões de euros e 62 rondas de investimentos (445 milhões de euros), respetivamente, de janeiro a junho de 2024. No segmento de compra de ativos (asset acquisitions), os analistas da TTR informam sobre 61 transações (1,7 mil milhões de euros), o que perfaz uma diminuição tanto em número (-18%) como em volume (-14%).