G7 pede divulgação de "resultados eleitorais detalhados" da Venezuela

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"Convidamos as autoridades competentes a publicar em plena transparência os resultados eleitorais detalhados e pedimos aos representantes eleitorais que partilhem imediatamente todas as informações com a oposição e os observadores independentes", afirmam os países do G7 num comunicado difundido pela presidência italiana deste grupo que reúne os países mais ricos.

O comunicado está assinado pelos chefes da diplomacia do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, a ainda pelo alto representante da União Europeia.

"Os relatórios dos observadores independentes nacionais e internacionais suscitaram graves inquietações sobre os resultados anunciados da eleição presidencial venezuelana e sobre a forma como decorreu o processo eleitoral, sobretudo no que respeita às irregularidades e falta de transparência da contagem final dos votos", sublinham, por "ser de importância fundamental que o resultado reflita a vontade do povo venezuelano".

Maduro, 61 anos, foi proclamado reeleito para um terceiro mandato até 2031, com 51,2% dos votos contra 44,2% do seu adversário. A oposição denuncia uma "fraude maciça" do poder e exige uma contagem transparente dos boletins de voto.

Na terça-feira, no decurso de um contacto telefónico, o Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o seu homólogo norte-americano Joe Biden também concordaram na importância de obter resultados detalhados completos.

Na Venezuela, milhares de apoiantes da oposição manifestaram-se na terça-feira exigindo "liberdade" enquanto reivindicavam a vitória do seu candidato, Edmundo González Urrutia, 74 anos.

Pelo menos 11 civis, incluindo dois menores, foram mortos desde segunda-feira no decurso das manifestações, segundo quarto organizações não-governamentais (ONG) de defesa dos direitos humanos. O procurador-geral Tarek William Saab referiu-se a uma 12ª vítima, um soldado morto a tiro.

Os diplomatas do G7, que exprimem a sua "solidariedade ao povo venezuelano", pedem igualmente "a maior moderação no país e uma solução venezuelana pacífica e democrática".

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