As escolhas de Roberto Martínez são sempre tema de debate e, nas últimas convocatórias, são três as ausências que dividem a opinião dos adeptos: Pedro Gonçalves, Nuno Santos e Galeno. Em entrevista ao jornal O Jogo, o selecionador nacional falou dos três casos em particular e justificou a decisão de os ter deixado fora das suas escolhas. No que respeita a Pedro Gonçalves, e na sequência das palavras de Rúben Amorim sobre a ausência do médio luso, Martínez falou em «azar» para o médio leonino. «Gosto de ser uma pessoa aberta e posso explicar por que razão um jogador não entra na seleção. Nós temos um processo muito claro de acompanhamento e a escolha tem um sentido. Quando eu era treinador, gostava de defender e apoiar os meus jogadores de forma pública. Era uma forma de lhes dar confiança, mas na altura não acompanhava os outros jogadores que atuavam nas posições dos meus atletas. O Pedro Gonçalves é um jogador com azar. A concorrência pela sua posição é muito alta», começou por referir, Já sobre Nuno Santos, a justificação voltou a recair sobre a concorrência: «Gosto do Nuno Santos, mas para ele entrar na Seleção Nacional precisar de estar à frente de jogadores como Cancelo, Dalot, Guerreiro e Nuno Mendes. Tem muita gente à frente e raramente joga 90 minutos. Precisa de ter um momento para poder abrir a porta», explicou. Por fim, sobre Galeno, que já possui cidadania portuguesa, Martínez falou num «jogador diferente» e revelou que o avançado do FC Porto esteve em todas as pré-convocatórias. «Galeno é um dos sete jogadores que estiveram em todas as pré-listas e não foram chamados, porque é um jogador diferente e que na nossa estrutura pode jogar por fora, sendo destro pode atuar na esquerda. É muito objetivo, gostei muito do jogo que fez em Barcelona, mas foi contra o Shakhtar que demonstrou a sua capacidade de finalização», finalizou. «Galeno esteve em todas as pré-listas»