Galp. Lucro aumenta 24% para 890 milhões até setembro

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No final de setembro, a dívida líquida era de 1.471 milhões de euros, 21% acima dos 1.211 milhões de euros registados em igual período do ano passado

A Galp lucrou 890 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o representa um aumento de 24% face ao mesmo período de 2023. 

De acordo com a petrolífera, estes resultados refletem um “desempenho operacional robusto no período”, nomeadamente nas áreas de ‘upstream’ (exploração e produção) e ‘industrial & midstream’ (transporte, armazenamento e ‘marketing’), “apesar de um ambiente de refinação menos favorável” e agora excluindo qualquer contribuição do projeto Coral Sul FLNG na Área 4, em Moçambique.

No final de setembro, a dívida líquida da Galp era de 1.471 milhões de euros, 21% acima dos 1.211 milhões de euros registados em igual período do ano passado.

Para o presidente executivo da petrolífera, Filipe Silva, estes números evidenciam “o dinamismo operacional da Galp”, que registou “mais um desempenho robusto durante este trimestre, apesar do ambiente menos favorável aos preços da refinação e das ‘commodities’”.

“Os nossos ativos foram capazes de navegar com segurança na volatilidade do mercado, reforçando o nosso compromisso com a excelência operacional. Este desempenho deixou a equipa numa posição forte para continuar a reduzir o risco e a desenvolver os nossos projetos de ‘upstream’ de baixa intensidade de carbono, ao mesmo tempo que descarbonizamos o nosso portfólio de ‘downstream’”, acrescentou Filipe Silva.

Até setembro, o investimento líquido (‘net capex’) da Galp foi de 290 milhões de euros, tendo o investimento total de 792 milhões de euros sido maioritariamente direcionado para os projetos de ‘upstream’ em desenvolvimento no Brasil, nomeadamente Bacalhau e Tupi & Iracema, e para a campanha de exploração na Namíbia, suportado pelo encaixe resultante do desinvestimento concluído no período (alienação dos ativos de ‘upstream’ em Angola).

Já o investimento no segmento ‘industrial & midstream’ foi maioritariamente alocado a projetos de baixo carbono no complexo industrial de Sines, nomeadamente os trabalhos iniciais de execução para a unidade HVO/SAF (produção de diesel renovável e combustível sustentável para a aviação) e para a fábrica de eletrólise de 100 Megawatts (MW) para produção de hidrogénio verde, assim como investimentos relacionados com a manutenção dos ativos de refinação e logística.

Os dados indicam ainda que a margem de refinação da Galp (diferença entre o custo de aquisição do petróleo e o preço de venda dos produtos refinados, como gasolina e gasóleo) desceu 33% nos primeiros nove meses deste ano, para 8,1 dólares por barril, face aos 12,2 dólares registados no período homólogo.

Já no segmento de renováveis, a Galp registou um EBITDA de 38 milhões de euros, uma redução de 65% face ao período homólogo, refletindo a evolução dos preços de energia, tendo a produção de energia por este meio aumentado 3% em relação ao período homólogo.

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