Gestores mais confiantes na economia portuguesa, mas alertam para reformas necessárias

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Apesar do otimismo na economia portuguesa, os gestores consideram a necessidade de reformas prioritárias. Tensões geopolíticas entre as maiores ameaças para os gestores.

Os gestores mostram um maior nível de confiança na economia portuguesa, passando de 10,62 para 12,19, indica o barómetro da Kaizen para abril. Apesar do maior otimismo, 86% dos gestores que estão incluídos neste barómetro da Kaizen, consideraram que as guerras e tensões geopolíticas são das maiores ameaças para a economia nacional.

Os gestores inquiridos referiram que a atração e retenção de talento (78%) e a transformação tecnológica (57%) são os principais desafios que as empresas enfrentam a curto-médio prazo, e 66% admitiu já ter enfrentado escassez de mão de obra qualificada devido à emigração de jovens licenciados.

Para 63% dos gestores, 2024 deve ser um ano igual ou melhor do que 2023, e 78% disse concordar com as previsões do Banco de Portugal (BdP) que apontam para um crescimento de 2% da economia nacional.

Relativamente à proposta da Aliança Democrática (AD) de redução do IRC, 61% dos gestores incluídos no barómetro da Kaizen, disse que essa descida do imposto seria melhor utilizada para investimento em equipamentos ou tecnologia, e 34% admitiu que iria utilizar essa descida do IRC para aumentar salários.

Justiça, Administração Pública e Inteligência Artificial nas prioridades

Os gestores consideram que a Justiça e a Administração Pública são as reformas estruturais mais prioritárias, neste momento, em Portugal. Estas duas áreas recolhem 82% e 62%, respetivamente, do interesse prioritário dos gestores em solo nacional.

Metade dos inquiridos disse não estar a fazer investimentos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), apesar de admitirem a importância deste instrumento na recuperação económica e promoção da resiliência do país.

O barómetro da Kaizen diz ainda que 53% dos inquiridos admite que as suas organizações ainda estão nas fases iniciais de exploração do potencial das tecnologias de Inteligência Artificial (IA), enquanto 7% disse que as tecnologias de IA estão já integradas nos processos e operações core das suas organizações.

Já 66% dos inquiridos considerou “essencial” concentrar esforços na promoção da eficiência energética e na adoção de fontes de energia renovável.

O barómetro refere também que 72% dos inquiridos que o aumento de produtividade será a sua maior aposta para cumprir e garantir a continuidade da trajetória de crescimento em 2024, seguindo-se a melhoria da força de vendas e da customer journey (48%) e a Tecnologia e Inteligência Artificial (45%).

“No ambiente empresarial competitivo, incerto e em constante evolução em que vivemos, é de suma importância que as empresas atuem estrategicamente, investindo no aumento da produtividade das suas operações, na capacitação e melhoria contínua da sua força de vendas, bem como na adoção e integração eficaz de soluções de transformação digital. Estas iniciativas não apenas impulsionam a eficiência e a eficácia dos processos internos, como também fortalecem a capacidade da empresa para satisfazer a procura do mercado atual, permitindo assim um crescimento sustentável e um posicionamento competitivo sólido no cenário empresarial”, disse o CEO do Kaizen Institute, António Costa.

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