Gigante japonesa Itochu abandona cooperação com empresa de defesa israelita

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Um porta-voz da empresa disse à agência de notícias espanhola EFE que o memorando de entendimento com a israelita Elbit Systems já foi suspenso e será cancelado no final de fevereiro, seguindo a decisão do Tribunal Penal de Justiça (TIJ).

O acordo entre a Itochu Aviation e a empresa israelita "está relacionado com a importação para o Japão de equipamento de defesa necessário à segurança nacional e a pedido do Ministério da Defesa [japonês]", acrescentou.

A Itochu sublinhou que o acordo "não contribui de forma alguma" para o conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano na Faixa de Gaza, nem abrange a reexportação de equipamento para outros países.

O TIJ, a mais alta instância judicial da ONU, anunciou a 26 de janeiro que vai avançar com uma investigação às acusações de genocídio na Faixa de Gaza apresentadas pela África do Sul contra Israel.

"O tribunal está perfeitamente consciente da dimensão da tragédia humana que se está a desenrolar na região e está profundamente preocupado com a contínua perda de vidas e com o sofrimento humano", afirmou a presidente do TIJ, Joan E. Donoghue, no início da leitura da decisão preliminar tomada por um painel de 17 juízes.

Em resposta à decisão, o Ministério das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul sublinhou que todos os países "estão agora conscientes da existência de um sério risco de genocídio contra o povo palestiniano em Gaza"

Esses países devem agir de forma "independente" e "imediata" para "prevenir o genocídio por parte de Israel" e garantir que "eles próprios não violam a Convenção sobre o Genocídio, inclusive ajudando ou auxiliando na prática do genocídio", sublinhou Pretória.

"Isto impõe necessariamente a todos os Estados a obrigação de cessarem o financiamento e a facilitação das ações militares de Israel, que são plausivelmente genocidas", referiu a África do Sul.

A 07 de outubro, combatentes do Hamas realizaram o maior ataque em território israelita desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 132 dos quais permanecem em cativeiro, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

A guerra entre Israel e o Hamas, classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos e a União Europeia, fez até agora em Gaza mais de 27.500 mortos, 67 mil feridos e oito mil desaparecidos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.

A ONU avisou que a ofensiva causou quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes de Gaza), mergulhando o enclave palestiniano numa grave crise humanitária.

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