Global Media: delegados sindicais dizem que não é possível cortar mais, Sindicato dos Jornalistas defende mais apoio do Estado ao jornalismo

9 meses atrás 112

Os delegados sindicais dos meios de comunicação social do grupo Global Media garantiram esta terça-feira numa audição na Assembleia da República que a intenção da administração do grupo de avançar com um corte de entre 150 e 200 trabalhadores vai colocar em causa, de forma bastante profunda, a capacidade de resposta das redações – um enfraquecimento que, em última instância, enfraquecerá também a própria democracia.

Ouvidos pelos deputados na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto no âmbito dos requerimentos apresentados por dois partidos, o PCP e o Bloco de Esquerda, os representantes do Jornal de Notícias (JN), TSF, Diário de Notícias (DN) e O Jogo dirigiram críticas à administração da empresa e expressaram a surpresa pelo facto de em poucos meses o discurso ter passado de “forte investimento” para “situação financeira gravíssima”.

“Surpresa enorme” foram também as palavras usadas pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas (SJ), Luís Filipe Simões, para classificar a situação atual de um dos principais grupos de comunicação social de Portugal. Isto atendendo a que o sindicato teve uma reunião com José Paulo Fafe, atual presidente executivo do grupo, que lhes transmitiu um “cenário quase idílico” com investimentos e contratações de jornalistas na sequência da entrada no capital do fundo World Opportunity Fund, sedeado nas Bahamas, que passou a ter a maioria do grupo (50,25%). “Não sei o que aconteceu no espaço de uma semana, passou-se desse discurso para o de um despedimento de 150 pessoas que depois passou para 200 pessoas”.

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