O deputado marca presença na manifestação dos trabalhadores da Global Media que decorre esta manhã junto ao Parlamento. “O pluralismo sai claramente danificado. Podemos ficar com um terço dos media amputado em Portugal”, afirmou Rui Tavares.
Rui Tavares deixa um alerta para a situação de emergência que vivem os trabalhadores da Global Media que, esta quarta-feira, se manifestam em frente à Assembleia da República e na qual o deputado do Livre marca também presença.
“Daqui a alguns dias podemos perder dois dos quatro diários que o país tem, o jornal mais antigo do país e uma das rádios com mais expressão”, afirmou Rui Tavares, salientando que este cenário não se compadece com as propostas que vamos todos fazer nas eleições para apoiar a comunicação social a médio longo prazo.
“O pluralismo sai claramente danificado. Podemos ficar com um terço dos media amputado em Portugal”, sublinhou o deputado do Livre aos jornalistas.
Os trabalhadores do Global Media Group (GMG) estão desde o início desta quarta-feira a cumprir um dia de greve, convocada pelo Sindicato dos Jornalistas. A paralisação decorre como forma de protesto contra um eventual despedimento coletivo de cerca de 150 a 200 trabalhadores, comunicado recentemente às delegadas sindicais do Jornal de Notícias pela administração do GMG, que detém os títulos Jornal de Notícias, Diário de Notícias, TSF, O Jogo, Dinheiro Vivo, Notícias Magazine, Delas, N-TV, Motor24, Men’s Health, Women’s Health e Açoriano Oriental.
O programa de rescisões na Global Media termina esta quarta-feira, dia para o qual também foi convocada uma greve dos trabalhadores do grupo. A greve ocorre no mesmo dia em que termina o prazo de adesão às rescisões voluntárias na Global Media, que segundo apurou o JE, teve uma adesão apenas residual.
O presidente da Global Media disse na terça-feira, 9 de janeiro, que teve uma reunião com o fundo na segunda-feira e que teve “promessa” de uma transferência “até ao início da semana que vem” para pagar os salários em atraso. José Paulo Fafe falava na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, numa audição no âmbito do requerimento do Bloco Esquerda sobre a situação na Global Media Group.
A 6 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva da GMG, liderada por José Paulo Fafe, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.
Relembrar que, a 21 de setembro, o World Opportunity Fund (WOF) adquiriu uma participação de 51% na empresa Páginas Civilizadas, proprietária direta da Global Media, ficando com 25,628% de participação social e dos direitos de voto na Global Media.
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