GMG. Trabalhadores manifestam-se pelo jornalismo e pela democracia

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"Este protesto, esta greve, vai além da luta pelo nosso posto de trabalho, é pelo futuro dos vários títulos do GMG, por um jornalismo livre e pela democracia", explicou à Lusa o delegado sindical do JN Augusto Correia.

Em frente ao Jornal de Notícias (JN), estão mais de 60 trabalhadores do GMG, entre jornalistas e outros trabalhadores daquele título e de outras publicações do grupo, que detém também o desportivo O Jogo, o jornal Açoriano Oriental, a rádio TSF, a revista Evasões, a Men's Heatlh, o Diário de Noticias, entre outros títulos.

Em 06 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva do GMG anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".

O grupo anunciou também o fim das prestações de serviços a partir de janeiro, num aviso com poucas horas de antecedência.

"Estas chamadas rescisões amigáveis, cujo prazo de adesão acaba hoje, não são mais do que despedimentos disfarçados e que vão destruir o grupo. É contra isso que aqui estamos. Continuamos com o salário do mês de dezembro por pagar, o subsídio de Natal, não sabemos quando vamos receber, os nossos colaboradores que só receberam o mês de outubro em finais de dezembro também não sabem se vão receber", explicou o sindicalista.

Os 'sites' e redes sociais do Jornal de Notícias, Diário de Notícias, O Jogo ou Dinheiro Vivo "estão parados" desde a meia-noite, assim como a TSF, que está a emitir apenas música.

Na sua página da Internet, o Diário de Notícias avançou ainda que a edição em papel de quinta-feira não estará nas bancas, devido à greve, regressando na sexta-feira.

O Sindicato dos Jornalistas emitiu para hoje um pré-aviso de greve que abrange "todos os jornalistas, independentemente do órgão de comunicação social para o qual prestem serviço" entre as 14:00 e as 15:00, "para que possam expressar a sua solidariedade" com os trabalhadores do GMG e também "alertar o poder político e a sociedade civil para a situação do setor" da comunicação social.

Para o início tarde, às 14:00 está marcada uma outra concentração dos trabalhadores do GMG em frente "à torre do JN", em Gonçalo Cristovão, e uma marcha até à praça General Humberto Delgado, onde se vão manifestar em frente ao edifício da Câmara Municipal do Porto.

Em Lisboa, os trabalhadores estão concentrados na escadaria da Assembleia da República, enquanto o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, com a tutela da Comunicação Social, presta esclarecimentos na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Após a saída do ministro, jornalistas, técnicos e demais trabalhadores deslocam-se para as Torres de Lisboa para se concentrarem e manifestarem, a partir das 14:00, junto à sede do GMG.

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