Google Pixel 9 Pro XL

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Apesar de a Google não ter cumprido todas as promessas que fez na altura do lançamento do Pixel 8 (há quase um ano), podemos dizer que ficámos impressionados este smartphone. Talvez pela câmara ou pelo facto de usar a versão mais pura do Android, o Pixel 8 passou a ser o nosso smartphone de uso diário. Por isso, foi com grande curiosidade que recebemos o Pixel 9 Pro XL para testar – e devemos começar por dizer que o lançamento de um smartphone, em pleno Agosto, uma altura de férias em todo hemisfério Norte, foi algo inesperado. Normalmente, as empresas esperam pelo final de Setembro ou pelo início de Outubro para lançarem os seus novos produtos: resta saber se foi uma boa aposta por parte da Google.

Novo, mas familiar
O ecrã OLED do Pixel 9 Pro XL tem mais 0,1 polegadas que o do Pixel 8 Pro, mas a mesma resolução e os mesmos 120 Hz de taxa de actualização máxima. Contudo, o do Pixel 9 é mais brilhante que o do 8, o que facilita a visualização em ambientes com muita iluminação. A câmara frontal tem muito mais resolução (42 MP, a do 8 tinha 10,5). Tal como no modelo anterior, o Pixel 9 Pro XL tem um sensor de impressões digitais no ecrã, mas este é bastante mais rápido e preciso.

Neste modelo, a Google abandonou os rebordos completamente arredondados e adoptou um estilo mais “à lá Apple”, embora sem os ângulos rectos do iPhone: no geral, esta opção dá ao Pixel 9 um aspecto mais actual que o do Pixel 8. A traseira tem o mesmo acabamento que o Pixel 8, com a utilização de um vidro baço e ‘G’ da Google no meio. O módulo de câmaras continua a ter uma configuração horizontal, mas foi reduzido e reposicionado: agora, é mais saliente e deixa de ocupar uma faixa de um lado ao outro do dispositivo passando a estar centrado. As versões Pro continuam a ter as três câmaras, exactamente iguais às do Pixel 8 (Wide 50 MP, teleobjectiva periscópica de 48 MP e ultrawide de 48 MP).

Apesar de ser um pouco mais espesso e de encher mais a mão, o Pixel 9 é oito gramas mais leve que o Pixel 8. No geral, o novo dispositivo aparenta ter uma qualidade de construção mais sólida que o da geração anterior.

Um Tensor G4 mais eficiente
Para o Pixel 9, a Google desenvolveu um novo SoC a que chamou Tensor G4: nesta nova geração, o processador perdeu um núcleo passando dos novo, do Tensor G3, para oito, no G4. Embora os núcleos deste novo processador funcionem a velocidades de relógio ligeiramente mais baixas, são mais eficientes tanto ao nível da execução de código, como ao do consumo de energia, o que pode trazer vantagens ao nível da velocidade geral e da autonomia da bateria.

Nesta geração, a Google optou por incluir um mínimo de 16 GB de memória RAM DDR5 nas versões Pro e Pro XL; já no armazenamento, as capacidades começam nos 128 GB e vão até 1 TB . A GPU é a mesma, o que não torna este smartphone uma primeira escolha para quem goste de jogos mais pesados (como vai ver pelos resultados dos testes).

IA por todo o lado
Uma das desvantagens de lançar um novo smartphone em Agosto é a de ter “dessincronizado” com a nova versão do software: o Pixel 9 traz Android 14 em vez do Android 15, que deve ser lançado mais para o fim do ano. Mas de certeza que o novo sistema operativo vai chegar aos novos modelos, porque a Google compromete-se a mantê-los actualizados durante sete anos.

O grande argumento de venda destes smartphones é a inclusão de funcionalidades de inteligência artificial como as ferramentas de edição de fotografias, vídeo e áudio (que já estavam presentes nos Pixel 8) e também a nova funcionalidade de transcrição de chamadas (para já, não está disponível em Portugal), que permite manter um registo escrito de tudo o que é dito durante um telefonema. De acordo com a Google, estas funcionalidades funcionam localmente graças à maior capacidade de processamento do Tensor G4.

Utilização
Para quem já usar o Pixel 8 Pro, a coisa que mais salta à vista é a maior qualidade geral do 9 Pro XL. Outra coisa que se nota bastante é que as aplicações abrem mais depressa e há uma impressão de que o novo modelo é mais ágil que o anterior, graças à optimização do sistema operativo para este hardware (tal como a Apple faz). A qualidade das fotos continua a ser excelente e as ferramentas de edição por IA, mais que curiosidades, são úteis para dar graça às fotos, mesmo para fotógrafos pontuais. No reverso, para quem quiser uma máquina ultrarrápida, este smartphone não é o ideal.


Distribuidor: Google

Preço: €1319 (256 GB)


Benchmarks

AnTuTu: 947 283 3D Mark Wild Life Unlimited: 9294 Geekbench 6 Single CPU: 1928 Geekbench 6 Multi CPU: 4629 Geekbench 6 OpenCL: 6492 PCMark Work 3.0: 13 297 PCMark Battery: 915 minutos

Ficha Técnica

Processador: Tensor G4
Memória: 16 GB DDR5
Armazenamento: 256 GB
Câmaras: 50 MP + 48 MP + 48 MP (traseira); 42 MP (frontal)
Ecrã: 6,8” OLED LTPO (1344 x 2992), a 120 Hz
Bateria: 5060 mAh
Dimensões: 162,8 x 76,6 x 8,5 mm
Peso: 221 gr

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