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"Tive a alegria de encontrar-me hoje com dois grandes amigos do Estado de Israel, o governador de São Paulo e o governador de Goiás, que representam dezenas de milhões de brasileiros e vieram apoiar Israel", afirmou em comunicado o ministro dos Negócios estrangeiros, Israel Katz, após o encontro com Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado, governadores de São Paulo e Goiás, respetivamente.
A relação entre Israel e o Brasil está em crise depois de, no mês passado, Luiz Inácio Lula da Silva ter acusado Israel de estar a cometer um genocídio na Faixa de Gaza e de ter comparado as suas ações para com os palestinianos ao que os nazis fizeram com os judeus durante o Holocausto, uma questão muito sensível em Israel.
"O que está a acontecer na Faixa de Gaza ao povo palestiniano não aconteceu em nenhum outro momento da história. Aliás, já aconteceu: quando Hitler decidiu matar os judeus", afirmou o chefe de Estado brasileiro.
Fiquei feliz em me encontrar hoje com dois grandes amigos do Estado de Israel, o governador de São Paulo @tarcisiogdf e o governador de Goiás @ronaldocaiado, que representam dezenas de milhões de brasileiros e vieram apoiar Israel.
Eu disse a eles que não abrimos mão do povo… pic.twitter.com/HJRqFEWQtQ
Israel declarou o Presidente brasileiro 'persona non grata' numa reunião entre Katz e o embaixador brasileiro em Israel, no Museu do Holocausto, em Jerusalém, o que levou a uma polémica diplomática, com os embaixadores dos dois países a serem chamados para consultas.
"Disse-lhes que não renunciamos ao povo brasileiro, que apoia o povo judeu e o Estado de Israel e simpatiza com a nossa guerra justa contra a organização terrorista assassina Hamas, e agradeci-lhes a solidariedade comovente que vieram demonstrar ao povo de Israel", afirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita.
"As declarações anti semitas do Presidente Lula não afastarão as nossas nações. Os nossos valores comuns são os inimigos dos nossos inimigos", acrescentou.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Desde então, e na sequência da retaliação de Israel, as autoridades de Gaza relataram a morte de quase 32 mil palestinianos, além de mais de 420 devido às ações das forças de segurança israelitas e dos colonos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
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