Governo cubano acusa embaixada dos EUA de ingerência

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A embaixada norte-americana em Cuba instou domingo o Governo cubano a responder aos manifestantes que protestaram em várias cidades, referindo que se deve "respeitar os direitos humanos dos manifestantes e atender às necessidades legítimas do povo cubano".

"Estamos cientes dos relatos de protestos pacíficos em Santiago, Bayamo, Granma e noutros locais de Cuba, com cidadãos a manifestar-se contra a falta de alimentos e eletricidade", segundo a embaixada dos EUA, uma mensagem que o ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, considerou não cumprir "os padrões mínimos de decência e honestidade" esperados de diplomatas.

Para o ministro, se houvesse preocupação por parte dos EUA com o bem-estar do povo cubano, seria levantado o "bloqueio" e o Departamento de Estado retiraria Havana da lista de patrocinadores do terrorismo.

O vice-ministro Carlos Fernández de Cossío transmitiu pessoalmente estas posições ao encarregado de negócios dos Estados Unidos, Benjamin Ziff, recordando-lhe que uma embaixada deve abster-se de comentar "assuntos internos de Cuba", segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Cuba considerou que os Estados Unidos são "diretamente responsáveis" por uma situação económica na ilha que as próprias autoridades reconhecem como "difícil", marcada, entre outras coisas, pela "depressão e insuficiência de fornecimentos e serviços essenciais".

"Foi repudiada a ostensiva determinação do Governo norte-americano em limitar e obstruir todos os esforços do Estado cubano para encontrar soluções e dar respostas às necessidades económicas e sociais do país", lê-se na nota do ministério, divulgada após a reunião, que nota um "plano de desestabilização" orquestrado por Washington.

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