Governo deve relançar privatização em setembro

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CEO da TAP cita o ministro das Infraestruturas quando abordado o processo de reprivatização da companhia aérea, sendo esperadas “novidades” para “setembro”. Declarações convergem com exclusivo do Jornal Económico, em que o Governo se prepara para relançar o processo ainda este ano.

O Governo deverá avançar com o processo de privatização da TAP em setembro, de acordo com declarações do presidente executivo da companhia aérea portuguesa na conferência Air Transport Research Society (ATRS), que decorreu esta manhã no ISEC.

Segundo o “Negócios”, o processo deve arrancar depois do verão e Luís Rodrigues admite que a companhia está “preparada para qualquer cenário”. Na edição semanal, o Jornal Económico avançou, em exclusivo, que o Executivo de Luís Montenegro estava a preparar o lançamento do processo de reprivatização da companhia de bandeira nacional, sendo este um plano que se inseria no Programa do Governo.

À margem do evento, o CEO da TAP lembrou comentários do ministro da tutela, Miguel Pinto Luz, em que este admitiu que “em setembro haveria novidades sobre a TAP”, sendo então expectável que a privatização avance nessa altura. Luís Rodrigues aproveitou para relembrar que esta é uma “decisão política”.

Apesar de evidenciar que todo o processo está remetido para a política, Luís Rodrigues apelou, no fim de maio, para o Governo manter uma participação da TAP, seguindo a linha de pensamento do anterior Executivo. Na opinião de Luís Rodrigues, partilhada num evento em Londres onde esteve o “Financial Times”, o Executivo deve manter algum tipo de posição na companhia, dada a elevada dependência do país do sector do turismo.

“A minha recomendação seria para o Governo português manter uma posição, e que fizesse parte de todo o processo de desenvolvimento”, apontou à publicação britânica, à margem de um evento de celebração dos 75 anos do início dos voos da TAP entre Lisboa e Londres. “Só para garantir que, se os atores mudarem, ninguém entra com uma agenda diferente”, referindo-se à necessidade de servir e apoiar as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

Poucos dias antes, o responsável pelas Infraestruturas apontava que o foco da conversa tinha de ser o novo aeroporto (entretanto decidido em Alcochete), não sendo “tempo de se falar da TAP”. No entanto, mediante as declarações do gestor, o Governo defendeu que Luís Rodrigues se deveria focar na gestão da companhia aérea, em vez de se “imiscuir em problemas que são do acionista”.

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