A protecção temporária concedida aos cidadãos ucranianos vai ser prorrogada por mais seis meses, uma vez que se mantém a situação de guerra na Ucrânia, garantiu este sábado, em Lisboa, a ministra-Adjunta, Ana Catarina Mendes.
"Vai ser prorrogada por mais seis meses, como aliás não podia deixar de ser, tal como fizemos no passado e como continuaremos a fazer. A situação ainda é de guerra e por isso estas pessoas precisam de continuar a ter protecção temporária", afirmou a ministra, no final de uma deslocação às instalações da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
Ana Catarina Mendes respondeu assim à petição lançada na semana passada por associações de ucranianos em Portugal, no sentido de pedir ao Governo a publicação, até final de Março, da renovação dos certificados de protecção temporária, já prometida pelas autoridades.
Até ao início de Janeiro, Portugal tinha atribuído 59.532 títulos de Protecção Temporária (PT) a refugiados da Ucrânia, segundo dados da AIMA enviados à Lusa.
De acordo com a AIMA 1566 destes refugiados já solicitaram cancelamento do respectivo título junto das autoridades.
Em Setembro, por ocasião da última prorrogação desta medida, haviam sido atribuídas 57.390 protecções temporárias.
As protecções temporárias atribuídas por Portugal aos refugiados da Ucrânia são dadas de forma automática e a primeira vez que foram concedidas tinham a duração de um ano.
A ofensiva militar russa no território ucraniano teve início no dia 24 de Fevereiro de 2022 e causou, segundo a ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).