Greve dos médicos conta com 75% de adesão e FNAM sublinha que “é urgente negociar”

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O sindicato quer sentar-se à mesa das negociações com a ministra Ana Paula Martins, tendo em vista uma “negociação séria e sem jogos de bastidores”. Entre as medidas estão a subida dos salários e a reposição das 35 horas semanais

A greve dos médicos convocada pela FNAM para esta terça e quarta-feira contou com uma adesão média nacional de 75%. A organização quer ver salários aumentados e a carga horária semanal de regresso às 35 horas, pelo que apela ao Ministério da Saúde para que abra negociações.

O número foi avançado pelo sindicato através de um comunicado enviado às redações, no qual se pede à ministra Ana Paula Martins uma “negociação séria e sem jogos de bastidores”. O objetivo passa por abordar “os temas essenciais para fixar médicos no Serviço Nacional de Saúde e com um calendário adequado à urgência que se vive”.

Aos dois dias de greve geral, soma-se a greve ao trabalho suplementar nos cuidados de saúde primários, que dura até ao dia 31 de agosto. De acordo com a FNAM, todo este cenário deve constituir um alerta, aos olhos do Ministério.

“É urgente negociar, em tempo útil, a atualização das grelhas salariais para estarem inscritas no Orçamento de Estado de 2025, e as condições de trabalho como a revisão do nosso período normal de trabalho semanal, tendo em vista a reposição das 35 horas, e da reintegração dos médicos internos na carreira, que são um terço da nossa força de trabalho”, pode ler-se no documento referido.

A FNAM salienta ainda que vai continuar a defender “salários justos e condições de trabalho dignas” para os médicos do SNS, mas sublinha que será necessário contrariar aquilo que descreve como “intransigência e teimosia” do Ministério.

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